António Manuel Luís Vieira foi um dos numerosos judeus portugueses que, no final do séc. XVII, fugiu à Inquisição e encontrou refúgio noutros cantos mais tolerantes da Europa. Não sendo rico e tendo perdido o pai cedo, alistou-se como grumete na marinha, não estando precisamente determinado se na inglesa ou holandesa. Mas o facto é que o czar russo Pedro I, que, em 1697, andava pela Europa para conhecer novos mundos e estudar técnicas inovadoras, apreciou o trabalho do jovem judeu de origem portuguesa e levou-o para a Rússia, onde chegou a ocupar cargos de destaque na corte de São Petersburgo. Todavia, histórias de amor e de luta pelo poder desterrá-lo-iam para os confins da Sibéria, onde não baixou os braços, mas realizou um notável trabalho que lhe valeu a reabilitação e o respeito. (...)
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(Artigo de José Milhazes, enviado por João Moreira).