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domingo, 30 de outubro de 2011

Efemérides





30/10/1944

Anne Frank é deportada de Auschwitz para o campo de Bergen-Belsen.Faleceu cinco meses mais tarde. 


 
Foto tirada em 1940 mostra Anne Frank aos 12 anos. Foto: AFP






30/10/1940

O chefe do novo governo francês de Vichy, marechal Pétain, anuncia sua colaboração com a política do ocupante alemão.








quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A frase da semana




Erasmo de Rotterdam


"Rir de tudo é coisa dos tontos, mas não rir de nada é coisa dos estúpidos."



Erasmo de Roterdão



segunda-feira, 24 de outubro de 2011




"Apesar das ruínas e da morte,
Onde sempre acabou cada ilusão,
A força dos meus sonhos é tão forte,
Que de tudo renasce a exaltação
E nunca as minhas mãos ficam vazias."




Sofia de Mello Breyner Andresen


Bircat Hamazon em Ladino







domingo, 23 de outubro de 2011

Cátedra de Estudos Sefarditas "Alberto Benveniste"



"Um Cristão-Novo Português nas Garras da Inquisição no Brasil Quinhentista"

Debate com Ângelo Assis (Universidade Federal de Viçosa)

Dia 24 de Outubro, 18h00, na sala 2.14 da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

Destaque literário



Os ratos da Inquisição: Poema inédito do judeu portuguez Antonio Serrão de Crasto by António Serrão de Crasto, Camillo Castello Branco

Curiosidade








Moscavide é uma freguesia do concelho de Loures e está situada às portas de Lisboa, junto à sua área mais oriental.
A origem deste termo parece estar ligado à antiga Quinta de Moscavide, enquanto outras fontes, defendem uma proveniência árabe da palavra “maskabat”, que significaria sementeira, aliás, na Encarnação, localidade muito próxima dali, haveria em tempos idos uma colónia muçulmana.
O mais provável será na  ligação com a dita quinta, que se situaria na freguesia da Senhora dos Olivais, sendo que a origem toponímica da palavra Moscavide, poderá ter ligação directa com uma família de origem judaica, referenciada desde os séculos XV e XVI, oriundos do Alentejo, mais precisamente da cidade de Évora, seu nome de família era os “Busca Vida” ou então, os “Busqua Vida”.




Rua Artur Ferreira da Silva / Avenida de Moscavide




quinta-feira, 20 de outubro de 2011

* Poema de Vinícius sobre o "Judeu Errante"



Hei de seguir eternamente a estrada
Que há tanto tempo venho já seguindo
Sem me importar com a noite que vem vindo
Como uma pavorosa alma penada.
Sem fé na redenção, sem crença em nada
Fugitivo que a dor vem perseguindo
Busco eu também a paz onde, sorrindo
Será também minha alma uma alvorada.
Onde é ela? Talvez nem mesmo exista…
Ninguém sabe onde fica… Certo, dista
Muitas e muitas léguas de caminho…
Não importa. O que importa é ir em fora
Pela ilusão de procurar a aurora
Sofrendo a dor de caminhar sozinho.

Vinícius de Moraes




* Referência à antiga lenda do "Judeu Errante", chamado Ahsverus, personagem criada pela tradição oral cristã, sobre um judeu amaldiçoado a vaguear pelo mundo até ao fim dos tempos.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011




"Uma mãe entende mesmo o que um filho não diz."


 Provérbio Judeu


Francisco Rodrigues Lobo‏

 




Formoso Tejo meu, quão diferente
Te vejo e vi, me vês agora e viste:
Turvo te vejo a ti, tu a mim triste,
Claro te vi eu já, tu a mim contente.

A ti foi-te trocando a grossa enchente
A quem teu largo campo não resiste;
A mim trocou-me a vista em que consiste
O meu viver contente ou descontente!

Já que somos no mal participantes,
Sejamo-lo no bem. Oh, quem me dera
Que fôramos em tudo semelhantes!

Mas lá virá a fresca Primavera:
Tu tornarás a ser quem eras dantes,
Eu não sei se serei quem dantes era.



Fénix Renascida, I 




Francisco Rodrigues Lobo (1579  - 1621), foi sem dúvida um dos mais importantes discípulos de Luís de Camões. É considerado o iniciador do Barroco na literatura portuguesa. Era oriundo de uma família de cristãos-novos, formou-se em Direito na Universidade de Coimbra, não se conhecendo quaisquer cargos públicos que tenha exercido. Morreu afogado numa viagem de barco que fazia entre Santarém e Lisboa. A nível poético, escreveu romances bucólicos, éclogas e sonetos. Em prosa escreveu a "Corte na Aldeia" (1619), que é uma colecção de diálogos didácticos sobre preceitos da vida na corte. Esta obra reflecte a frustração da nobreza portuguesa pelo desaparecimento da corte nacional sob a dominação filipina.

terça-feira, 18 de outubro de 2011



GILAD SHALIT JÁ ESTÁ EM CASA



Defense Minister Ehud Barak, Prime Minister Benjamin Netanyahu, IDF Soldier Gilad Shalit and his father, Noam Shalit, after landing at Tel Nof Air Base, Oct. 18, 2011.


(Foto do jornal Haaretz)

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Os Anussim portugueses em Amesterdão











 Sinagoga portuguesa de Amesterdão





Na última década do século XVI e nas primeiras décadas do século XVII algumas centenas de cristãos-novos portugueses (a que se juntaram depois alguns cristãos-novos espanhóis) procuraram Amesterdão para, beneficiando da atmosfera de tolerância religiosa que se vivia nas Províncias Unidas (recém libertas do domínio da coroa espanhola) regressarem à religião dos seus antepassados. Tinha decorrido um século desde a conversão em massa de todos os Judeus portugueses por D. Manuel I, quatro longas gerações, e daqueles que agora queriam regressar ao Judaísmo eram poucos os que conheciam os hábitos litúrgicos e as velhas tradições. Menor era ainda o número dos que conhecia a língua com que D-us falara aos profetas. Mas isso não os desencorajou. A sua comunidade, ao contrário de um propalado mito, nunca foi numerosa, e no auge do seu poder, nos finais do século XVII, eram apenas 2500. Mas sempre foram riquíssimos, poderosos e influentes, e não lhes faltavam meios para alcançar o grande objectivo a que se propunham: o renascimento da antiga e gloriosa Ha’am ha’yehudi portugezit, a «Nação Judaica Portuguesa», ou simplesmente a Ha’umah portugezit, a «Nação Portuguesa», como eles orgulhosamente e patrioticamente se designavam (ainda hoje, passados mais de 400 anos, os seus descendentes se designam como «Comunidade Religiosa dos Israelitas Portugueses», Portugees-Israëlitisch Kerkgenootschap (PIK).


Ansiosos por voltar ao judaísmo e dispostos a reaprender a lei mosaica, contratam o rabbi Mosheh Uri Halevi, um ashkenazi de Emden, na Baixa Saxónia, que exige de imediato a circuncisão de todos os homens… um sacrifício que os Homens da Nação farão para que a sua pequena comunidade possa renascer. O rabbi ficará com a comunidade até 1603, altura em que esta, já integralmente rejudaizada e autónoma, passa a formar os seus próprios rabbis.



A Nação Portuguesa de Amesterdão, apesar de ter estado quase um século proibida de observar a lei hebraica, rapidamente ganhou um excelente domínio do judaísmo rabínico, formando os seus próprios rabbis e os seus intelectuais versados no estudo do Tanach, tais como Manasseh ben Israel e Isaac Aboab da Fonseca, ou vultos com a dimensão de Baruch Espinosa (Uriel da Costa, apesar de ter um percurso diferente do dos anteriores, também se encontra ligado à Nação Portuguesa de Amesterdão). No seu todo a comunidade era muito activa do ponto de vista religioso e os conhecimentos da tradição judaica eram brilhantes.






Ler mais no blogue: "O País das Serpentes"




sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Capitão Barros Basto - Uma justiça adiada

 

 


Família indemnizada por anti-semitismo 

Em 1937, uma decisão do Estado obrigou um oficial judeu a sair do Exército Português. O capitão Barros Basto foi afastado das suas funções depois de 20 anos de serviço, por praticar actos próprios do judaísmo. O caso vai ser levado este mês à Assembleia da República pelas mãos dos familiares de Barros Basto, que pretendem a sua reintegração póstuma no Exército. A família do capitão, que pode até ser indemnizada pelo Estado, conta com o apoio de Marinho Pinto, bastonário da Ordem dos Advogados. 
Na altura, o capitão foi levado a julgamento perante o Conselho Superior de Disciplina do Exército, tendo ficado provado que o oficial cumpria vários preceitos judeus. Barros Basto realizava operações de circuncisão a vários alunos do Instituto Teológico Israelita do Porto e saudava-os com um beijo no rosto, tal como os judeus sefarditas de Marrocos, onde se converteu à religião.



Ler mais em: "Mesa Reservada do Ricks Café"



quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Iluminura sobre Havdalá



http://images.wikia.com/judaismo/pt-br/images/a/a4/Havdal.jpg




Ilustração sobre a observância do preceito de encerramento do Shabat
(Havdalá - separação) 
após o anoitecer do dia de sábado. 
Espanha, séc. XIV.