O Museu Arqueológico do Carmo, está localizado nas ruínas do Carmo, correspondendo à antiga igreja do Convento da Senhora do Monte do Carmo, fundado no ano de 1389, por D Nuno Álvares Pereira, e sagrado em 1423.
Este templo em estilo gótico final, foi um dos maiores e mais importantes da cidade de Lisboa, sendo gravemente danificado no terramoto de 1755 ao qual se seguiu um violento incêndio.
Restaurando em parte durante o reinado de D. Maria I, no entanto por dificuldades económicas (sempre o problema económico), não permitiu a finalização das obras.
O edifício conserva ainda estruturas e elementos originais, século XIV- XV, entre os quais se destacam os portais virados a ocidente e sul.
Na segunda metade do século XIX (1864), o monumento foi entregue à "Real Associação dos Architectos Civis e Archéologos Portugueses", fundada em 1863.
O acervo do Museu recebeu ao longos dos anos incorporações de peças de valor histórico, arqueológico e mesmo artístico.
Horário de abertura - De segunda a sábado, das 10h00 às 18h00.
Das 10h00 às 19h00, de Junho a Setembro.
Largo do Carmo.
Na área que hoje abrange o Largo do Carmo, existiu a mais antiga Judiaria de Lisboa, a do bairro da Pedreira, onde foi construída uma sinagoga no século XIII, (1260).
Foi extinta em 1317, quando o rei D. Dinis doou essas casas ao almirante genovês Pessanha.
www.aast.ipt.pt
Associação dos Amigos da Sinagoga de Tomar
"Arqueologia e Historia", Volumes 7-8
Da Associação dos Arqueólogos Portugueses
http://books.google.pt
Curiosidade
A 16 Julho de 1389, deu-se início ao lançamento da primeira pedra, sendo a obra dirigida por Afonso, Gonçalo e Rodrigo Eanes, tendo surgido vários problemas com os alicerces, devido ao solo arenoso e a escarpa instável; trabalham no local os pedreiros Lourenço Gonçalves, Estêvão Vasques, Lourenço Afonso e João Lourenço, sendo a cal amassada pelos judeus Judas Acarron e Benjamim Zagas.
Lápide comemorativa da inauguração da sinagoga de Monchique - Porto.
Pedra tumular hebraica do século VI - VII (?), Espiche - Lagos.
Janela Manuelina, proveniente do Mosteiro de Belém - Jerónimos.
Primeira metade do século XVI.
Lápide sepulcral do séc XVI, decorada com espada em baixo-relevo.
Fragmento com medalhões vegetalistas e figuras de grifos. Convento de S. Félix de Chelas,
Lisboa, sécs. IX- X.
Túmulo Manuelino, de D. Francisco de Faria.
Primeira metade do século XVI.
Pia baptismal de Simão Correia, decorada com motivos florais e inscrição
epigráfica no seu interior.
Século XVI.
Fotografias de Rafael Baptista e Manuela Videira