(...) Acho que certo tipo de gente, como a que ocupa hoje o aparelho de estado, são deste género. Do género dos mosquitos. Como os mosquitos que me picaram, são gente minúscula, sem dimensão humana, sem outras causas que não sejam as de picar e chatear os desprevenidos, sugar-lhes o sangue ou depositar um qualquer verme ou bactéria microscópica de que só percebemos a existência quando já estamos infectados. Sim são gente infecta que se habituou aos repelentes e até aprendeu a contorná-los, a fintá-los. Enquanto não conseguirmos proteger-nos vão continuar a sua saga infecciosa. Na verdade, quando damos conta de que nos atingiram já não há muito a fazer. É esperar que passe ou então fazer uma desinfestação geral que os elimine de uma vez por todas dos locais e condições que lhes são propícios; e todos os locais onde há vida lhes são propícios...
Como os mosquitos, esta gente sem dimensão humana conta com a nossa passividade para fazer estragos, habituou-se a isso e irá voltar sempre: eles, os seus filhos, os seus netos, bisnetos, padrinhos, afilhados ou amigos, se os ventos não lhes forem contrários, irão voltar sempre, como uma praga, para picar muita gente e deixar o seu veneno a fazer ferida. Reproduzem-se aos milhares. Sendo gente sem dimensão, são especialistas a ocupar o espaço de actuação, formando nuvens de interesses e alvos que lhes são vitais à sobrevivência e propagação.
Desinfestação geral, sim, é o que precisamos.
por Jacinto Lourenço in blogue Ab-Integro