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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Efeméride



(31/10/1497)


Esta foi a data limite decretada pelo rei de Portugal D. Manuel I, para os judeus que não aceitassem converter-se ao catolicismo saírem definitivamente do reino.




Via: Revista Morashá

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Lançamento do livro "Os Isidros"



o lançamento deste livro terá lugar  na Biblioteca Municipal de Torre de Moncorvo, dia 3 de Novembro, pelas 15h00.



Nós transmontanos sefarditas e marranos









Manuel Fernandes Vila Real. Seus pais eram de Vila Real e emigraram para Lisboa, terra onde Manuel Fernandes nasceu, em 1608. O início da sua vida activa foi na loja de fancaria de seu pai mas, aos 14 anos, foi com o governador Jorge de Mascarenhas para Ceuta, seguindo a carreira militar e ali atingiu o posto de capitão. Voltou a Portugal e foi com cobrador das rendas do Priorado do Crato e corretor dos reais de Lisboa que seu pai arrematara. Os negócios da família estendiam-se também ao Brasil, ao trato do açúcar e do tabaco. Para o transporte destes produtos do Brasil para Lisboa e para os portos do Mediterrâneo e do Báltico, Manuel Fernandes decidiu-se pela compra de um barco e com esse objectivo se dirigiu a Sevilha, Málaga, Ruão e Havre onde conseguiu efectuar a compra e a partir dali trabalhar na marinha mercante, com seus cunhados Manuel e João de Morais. Falecendo o João, Vila Real necessitou de ir a Paris. E levaria boas recomendações, a ponto de cair nas boas graças do chefe do governo, o poderoso Cardeal Richelieu. Sucedeu entretanto a revolução do 1º Dezembro de 1640 que colocou no trono de Portugal o rei D. João IV, da Casa de Bragança, que teve desde logo o apoio da generalidade da nação sefardita que vivia em Portugal mas também no resto do mundo, nomeadamente na Holanda, França e Inglaterra. Durante alguns anos, Manuel Fernandes foi uma espécie de embaixador itinerante, acompanhando altos dignitários da monarquia portuguesa em negociações diplomáticas e de apoio militar, bem como na compra de armas e mobilização de voluntários para o exército que, durante uns 18 anos, enfrentaria uma guerra com Espanha. Por tudo isso ele se terá constituído em alvo prioritário da inquisição que, nas artes da espionagem, tinha óptimos executantes, normalmente recrutados entre frades, como foi o caso. E vindo a Lisboa, em 1647, na companhia do Conde de Vidigueira que chefiara uma embaixada a Paris, Manuel Fernandes Vila Real foi preso pela inquisição, acusado de judaísmo e de ler livros proibidos. Recordemos que naqueles tempos se travava uma tremenda luta política entre a inquisição e o rei D. João IV que fora excomungado pelo Papa de Roma e por este via recusada a nomeação de bispos para Portugal. E o clímax desta luta política foi atingido no dia 1º de Dezembro de 1652. Com efeito, para comemorar os 12 anos da revolução que colocou no trono o rei D. João IV, a inquisição preparou uma festa magnífica com um grandioso auto de fé em que foi sentenciado e queimado na fogueira o embaixador Manuel Fernandes Vila Real. A presidir às cerimónias estava o próprio rei que, por disposição legal e obrigação política, não podia escusar-se a esta tremenda humilhação – presidir à festa de imolação de um dos seus maiores e mais desinteressados apoiantes! Resta, finalmente, dizer que Manuel Fernandes Vila Real foi também um homem de letras, escritor de tratados de diplomacia e política, o mais conhecido dos quais será El Político Christiano ó Discursos políticos sobre Algunas Acciones de la Vida del Eminentíssimo Señor Cardenal Richelieu, editado em França em 1641 e em 2005 reeditado pela Ed. Caminho com introdução biográfica e notas do Prof. Borges Coelho, também ele um ilustre transmontano e grande historiador da inquisição e cristãos novos, a quem devemos uma grande homenagem. A publicação daquele livro terá sido uma das causas próximas e directas da prisão e condenação à morte do embaixador Vila Real, pois que os inquisidores de Lisboa consideraram que tal livro continha matéria perigosa, ideias influenciadas pela doutrina judaica.



de António Júlio Andrade

Via: Os Judeus em Trás Os Montes 


A frase da semana





"...Vós, ó semideuses do entremez da Glória,
Césares, tiranos, capitães, heróis,
Épicas figuras de imortal memória,
Que de serro em serro iluminais a história,
Como crepitantes, trágicos faróis..."



Guerra Junqueiro

do livro "Os Simples"



Rituais da Morte




segunda-feira, 29 de outubro de 2012

"Ao serviço de Sua Majestade", cartoon de Henrique Monteiro




Sinagoga - Ponta Delgada, Açores


A Sinagoga Sahar Hassamain localiza-se na rua do Brum nº 16, em Ponta Delgada, ilha de São Miguel. Destaca-se por ser uma das mais antigas do nosso país e um dos únicos vestígios da cultura judaica naquele arquipélago.





sexta-feira, 26 de outubro de 2012

"La envenenadora" 


Canção sefardita, recolhida pela musicóloga Judith Cohen.




quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Apresentação do livro e conferência




Portugal, Salazar e os Judeus

 DIA 26 DE OUTUBRO
 PELAS 21H00 NO ESPAÇO MEMÓRIA DOS EXÍLIOS
ESTORIL




Exposição intitulada "Reformador do Mundo", dedicada a Janusz Korczak







Exposição patente até dia 28 de Dezembro, no Espaço Memória dos Exílios, no Estoril. 




Nascido em Varsóvia, em Julho de 1878, Henryk Goldsmit viria a ficar conhecido como Janusz Korczak, pseudónimo que adoptou inspirando-se no romance do século XIX "Janasz Korczak and the pretty Swordsweeperlady", de Jósef Ignacy Kraszewski. Desenvolveu desde muito cedo a paixão pela ajuda aos jovens mais desfavorecidos. Completou os seus estudos em medicina e, em paralelo, desenvolveu uma promissora carreira na literatura, tendo abdicado de ambas para se dedicar por inteiro ao ensino dos mais jovens.



Korczak with children



Imagem retirada de http://fcit.usf.edu/holocaust/korczak/photos/chronolo/default.htm





Autor da célebre frase "Eu não posso criar outra alma, mas posso acordar a alma adormecida", fundou um orfanato para crianças judias, entre os 7 e os 14 anos, que dirigia como uma democracia: as crianças tinham o seu próprio parlamento, jornal e tribunal, meios à sua disposição para debater eventuais transgressões e decidir quais as sanções a aplicar. No orfanato desenvolveu inovadoras teorias educativas que o tornaram um pedagogo de referência e autor de obras no campo da teoria e prática educacional, ainda hoje muito lidas na Polónia. Das suas iniciativas destaca-se o pioneirismo em prol dos direitos da criança, pois acreditava na plena dignidade das crianças - que considerava "o mais antigo proletariado no mundo” - e na sua necessidade de amor e respeito.



Fora da Polónia Janusz Korczak ficou conhecido pelo seu derradeiro acto heróico: prisioneiro no Gueto de Varsóvia, juntamente com as 200 crianças que habitavam no orfanato que dirigia, em plena II Guerra Mundial, declinou as ofertas de amigos para se salvar, optando por acompanhar as crianças na viagem para Treblinka e para a morte certa.



Uma vida rica em experiências e altruísmo, que é dada a conhecer nesta exposição que se encontra aberta ao público de segunda a sexta-feira, das 10h00 às 18h00, no Espaço Memória dos Exílios (primeiro piso da Estação dos CTT do Estoril) até ao 28 de Dezembro.



Para mais informações: 

Tel. 214815930 ou eme@cm-cascais.pt

Via: http://www.cm-cascais.pt



quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Filme sobre Aristides de Sousa Mendes




Poster do filme Aristides de Sousa Mendes - O Cônsul de Bordéus (2012)



O brevemente será já no dia 8 de Novembro.

A frase da semana






Imagem retirada do blogue "Fel de Cão - Ourém".




"O mais terrível dos sentimentos é o sentimento de ter a esperança perdida."


Federico García Lorca


terça-feira, 23 de outubro de 2012

"O Regresso à Mala de Cartão", cartoon de Henrique Monteiro


O regresso à mala de cartão


"Ea, judíos, a enfardelar..."





Ainda este ano, mais concretamente em meados do mês de Fevereiro, um amigo de nacionalidade espanhola enviou-me um texto referente à judiaria de Tarazona que publiquei.
Desta vez, Álvaro Martinez envia-me um pequeno artigo de autoria do professor José Ayaso com o título, "Ea, judíos, a enfardelar".
Martinez, desde há muito é um defensor acérrimo da preservação e divulgação do património sefardita na Península.
Aqui fica o meu obrigado mais uma vez.



La facción líderada por el gran inquisidor Tomás de Torquemada impuso su criterio en el Consejo Real. La Corona dejó de proteger "a sus judíos" y los abandonó a su suerte. Los Reyes se encontraban en Granada, y allí firmaron el decreto de Expulsión el día 31 de Marzo de 1492.
En tierras castellanas se hizo popular uma canción de la  que sólo se conservan los primeros versos: "Ea, judíos, a enfardelar/ Que mandan los reyes que passeys la mar".


… mandamos a todos los judios e judias de qualquier hedad que sean que biuen e moran e estan en los dichos nuestros reynos e señorios assy los naturales dellos como los no naturales que en qualquier manera e por qualquier causa ayan venido e estan en ellos, que fasta en fin del mes de jullio primero que viene deste presente año salgan de todos los dichos nuestros reynos e señorios con sus hijos e hijas e criados e criadas e femailiares judios assy grandes como pequeños de qualquier hedad que sean. E queno sean osados de tornar a ellos ny estar en ellos ny en parte alguna dellos de biuienda ni de passo ny de otra manera alguna, so pena que si no lo fiziesen e cumplieren assy… incurran en pena de muerte e confiscación de todos sus bienes para la nuestra camara e fisco” (Edicto de Expulsión).

      La mayoría de los judíos expulsados se dirigieron a Portugal y Navarra. Eran los destinos más asequibles y menos peligrosos. Algunos optaron por embarcarse hacia Italia o el Norte de África. Los judíos del reino de Granada salieron por los puertos de Málaga, Almuñecar y Almería. Andrés Bernáldez, cura de la localidad de Los Palacios, fue testigo del paso de un grupo que se dirigía a Cádiz.
      Los refugiados judíos, de los que mucha gente se había aprovechado por la urgencia de su situación, tampoco recibieron una buena acogida en sus lugares de destino.  Un drama el suyo que nos resulta muy actual.


      


Muchas familias de judíos sefardíes conservan viejas llaves que ya no abren puerta alguna, pero que han servido para mantener vivo el deseo de volver a la tierra que se vieron obligados a abandonar en 1492.

Prof. Dr. José Ramón Ayaso. Universidad de Granada


Fonte: http://lahistoriajudiadeandalucia.wordpress.com/

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Antigas sinagogas da Espanha






Vestígios e memórias do passado



Hechal localizado numa casa em Caria, povoação muita próxima de Belmonte, distrito de Castelo Branco.
 
 




vIA:  facebook - sEPHARAD jEWISH HERITAGE
 
 

domingo, 21 de outubro de 2012


Shavua tov !!!
 
 
Pintura de David Sharir
Poema


Isabel Xavier neste seu poema, consegue transmitir-nos o sentimento que ainda hoje o português possui na sua génese mais profunda de si mesmo, talvez herdada do cripto-judaísmo. A  saudade e esse conceito bipolar de que "(...) só estou bem onde não estou, quero ir para onde não vou (...)". Como muito bem interpretou António Variações na canção "Estou Além ".






A luz da lamparina, como símbolo da esperança dos marranos portugueses.


Marrana


Isabel Xavier


A sós com o meu pensamento
Sustive um eco de longe no meu ser
Ergui-me como ao encontro do momento
Em que em mim ocorresse o renascer

De um sol de esplendor irradiante
Heróico vencedor da escuridão
Indubitável cais, perto e distante
Entre ondas de inquietude e de paixão

Procurei-me nas rotas desse mar
Que naveguei por me ser dado ver
O farol da esperança a iluminar
A esperança de eu ser um outro ser

Mas a realidade de me tornar diferente
O mundo não me pôde perdoar
E desde então caminho entre a gente
Disfarçando o meu diferente caminhar

Marrana como os judeus de outrora
Vou desbravando a floresta da Saudade
Na esperança de que chegue a hora
Que o regresso do Messias já não tarde

Porque essa espera é a humana condição
De quem o mundo não pode contentar
E prefere olhar o céu em vez do chão
E ainda espreita, às vezes, o luar.


Publicada por Serra d`Ossa em 13 de Setembro de 2010


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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Concerto - cidade do Porto





Quarteto Sinfónico

Dia 27 de Outubro, pelas 18h00
Orquestra Sinfónica do Porto


http://2.bp.blogspot.com/_p1FxqqIpTtM/TTc7O-7FhpI/AAAAAAAAAfY/k5qdlejfY4Y/s1600/casa_da_musica.jpg

Casa da Música

"O silêncio de Portas", cartoon de Henrique Monteiro




O silêncio de Portas


terça-feira, 16 de outubro de 2012

Pintores portugueses



José Lima de Feitas





Sem título





In obras escolhidas / de Bocage






JÁ É NO PRÓXIMO SÁBADO
 DIA 20 DE OUTUBRO.

Auditório do convento de s. Francisco - Trancoso

Judiaria de Luna - Espanha



 
Judiaria de Luna
(Cinco Villas, Zaragoza)
 


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A frase da semana







"Sucesso é passar de falhanço em falhanço sem perder o entusiasmo."




Winston Churchill


quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O bairro judeu de Ribadavia - Galiza





 


Os mais insignes judeus transmontanos (Parte II)




A História dos mais importantes vultos hebraicos de Trás-os-Montes, ou dos seus descendentes, reparte-se por dois períodos:

- Um, antes da conversão forçada;

- Outro, o dos cristãos-novos e seus sucessores. Importante foi a saída para Espanha, no período Filipino e, depois, o salto, ou Diáspora, pelo velho e novo mundo.
Um dos mais insignes pensadores e filósofos da gente de nação transmontana, natural de Bragança, foi Baltazar Oróbio, ali nascido no ano de 1620 e, mais tarde, imigrado para os Países Baixos, a Holanda, onde foi circuncidado e se afirmou Judeu, mudando o nome para Isaac Oróbio de Castro. Faleceu em Amesterdão, em 1687.




Isaac Oróbio de Castro


A sua carreira intelectual foi brilhante. Tinha estudado na Universidade de Salamanca, sendo para ali mais fácil deslocar-se de Bragança, do que para Coimbra. Foi professor de Metafísica na Universidade salmantina, onde o consideraram um sábio. Formou-se também em Medicina, que exerceu em Sevilha, como médico do poderoso Duque de Medina Celi e, também, da família de Borgonha do Rei Filipe IV.
Suspeito de judaizar esteve 3 anos preso mas conseguiu iludir o Santo Oficio. Os portugueses em Espanha eram suspeitos de heresia, a tal ponto que português judeu eram equivalentes. Este ápodo, em terras de fronteira, particularmente entre Vilar Formoso e Fuentes de Oñoro manteve-se pelo século XX a dentro.
Baltazar Oróbio conseguiu fugir para França, vindo a ser catedrático na Universidade de Tolosa e Conselheiro do Rei. Passou finalmente para a Holanda, onde havia um importante núcleo de judeus portugueses. Ali mudou de nome. Concentrou-se no ataque à Igreja Católica de que foi tenaz adversário. Escreveu dissertações em Castelhano, com carácter teológico e filosófico.
Atacou também a posição panteísta do judeu português Espinosa. Das teses de ataque ao Catolicismo que classificou de Idolatria, damos exemplo de um título:
- Prevenciones divinas contra la vana idolatria de las gentes.
Provease que tudo quanto se havia de inventar contra la Lei de Moshé prevenio Diós a Israel en los 5 libros de Ley, para que advertidos no pudiesen caer en tales errores.
Este é um livro de violento ataque à religião cristã. Está filosófica e teologicamente bem estruturado, com fundamentação lógica e conhecimento profundo da doutrina Cristã e da Judaica.
Também nascido em Bragança, em 1691, se distinguiu Henrique de Castro Sarmento, que em Londres mudou o nome para Jacob de Castro Sarmento. Ali faleceu em 1760. Era filho de Francisco de Castro Almeida e Violante de Mesquita. Estudou na Universidade de Évora, onde foi Mestre de Artes, passando para Coimbra e ali obteve o grau de Bacharel em Medicina. Em 1721 deixou Portugal, fixando-se em Londres, vindo a ser rabino da Sinagoga portuguesa.
Em 1725, pelo seu saber, foi nomeado membro do Real Colégio de Médicos, e em 1730, feito sócio da Real Sociedade Inglesa.
A Universidade Escocesa de Aberdeem nomeou-o Doutor Honoris Causa, em 1736.
Foi autor de vasta obra religiosa tratando temas como o Dia Santo do Kipur e também de figuras bíblicas. No campo da Ciências fez trabalho de investigação sobre águas medicinais, geologia, estudo de fósseis e de minerais. Estudou as marés, comentando Isaac Newton.
Além de um Tratado de Cirurgia deixou dissertações sobre o uso das águas em Inglaterra e em Portugal, referindo as das Caldas da Rainha. A Farmacologia tornou-se científica graças às investigações de Jacob de Castro Sarmento.
Outro personagem insigne foi Jacob Rodrigues Pereira, cujos pais, Magalhães Rodrigues Pereira e a mãe, Abigail Ribeiro Rodrigues, eram naturais de Chacim, no distrito de Bragança. Passaram para Espanha e de lá para Bordéus, onde aos 8 anos terá conhecido um menino surdo-mudo que o motivou para toda a vida, tornando-se um dos criadores do método de ensino dos surdos-mudos. A partir de 1734 e durante 10 anos, prosseguiu a sua formação para a instrução destes deficientes. A 22 de Novembro de 1746, apresentou à Academia de Caen o primeiro aluno. O naturalista Buffon, em 1749, patrocinou a sua apresentação na Academia das Ciências em Paris recebendo público louvor do Rei Luís XV, uma pensão e, ainda, o cargo oficial de Interprete e Tradutor das Línguas Portuguesa e Espanhola.
Foi sócio da Real Sociedade de Londres cobrindo-se internacionalmente de prestígio. Jean Jacques Rousseau entre outros vultos da Cultura francesa e o enciclopedista D’Alember, elogiaram-no.
Não só os Reis de França mas também o Imperador da Alemanha, os Reis da Polónia, Dinamarca e Suécia, distinguiram-no com mercês e honras.
Um baixo-relevo em Paris testemunha a gratidão nacional au Premier Instituteur des sourds et muets – 1734-1780.
Foi autor de uma memória lida na Academia de Ciências de Lisboa, a 11 de Junho de 1749. Em 1762 apresentou outra.
Pelo seu prestígio obteve ainda do Rei de França o cargo de Representante dos Judeus portugueses de Bordéus e Bayona, intervindo na aquisição do terreno para o cemitério hebraico português de Paris.
São muitos, os distintos médicos Judeus e seus descendentes cristãos-novos. Referiremos apenas alguns, entre eles o Doutor Francisco da Fonseca Henriques conhecido por Doutor Mirandela, por ali ter nascido em 1665. Formou-se em Medicina na Universidade de Coimbra e distinguiu-se como especialista, estudando a sífilis, doença então terrível.
Alguns dos seus livros tornaram-se muito populares, entre eles A Medicina Lusitana e o Socorro Délfico, publicado em 1711. Outra obra privilegiando a Higiene foi a Âncora Medicinal, saída em 1721. De grande mérito foi a sua tentativa da Hidrologia portuguesa, o Aquilégio Medicinal, publicado em 1726.





Outro clínico transmontano, considerado percursor da patologia exótica, foi João Cardoso, de Miranda. Estudou em Salamanca e trabalhou em África. Escreveu, em 1752, a Relação Cirúrgica, estudando o escorbuto.
Também com ascendência em conversos transmontanos era o médico José Bomtempo, nascido em 1774. Exerceu o cargo de Físico-mor em Angola e foi professor no Rio de Janeiro. Deixou vários manuais de estudo, entre eles o Compêndio Prático de Medicina, 1715 e Trabalhos Médicos, 1725.
A discriminação dos cristãos-novos levou o Cabido da Sé de Miranda, em 1611, a recusar dar posse de Cónego ao padre Jerónimo da Fonseca. Também atacou o Cónego tesoureiro Bernardino Ramires e o Cónego Mendes, acusando-os de terem sangue judeu. O Deão, os Cónegos e o Cabido da mesma Sé de Miranda, solicitaram ao Rei de Portugal, em 1647, que as pessoas de Nação e seus descendentes não fossem admitidos nos benefícios eclesiásticos. Apesar de todos os obstáculos os cristãos-novos progrediram e evidenciaram-se.
Em Lisboa, em 1675, descendentes de Gente de Nação de Mogadourogozavam de excelente situação económica como importadores e exportadores. Também eram eles que, secretamente, passavam cristãos-novos para Inglaterra. Tiveram de fugir. Descendentes dessa família, os Mogadouros, possuem actualmente uma das mais ricas ourivesarias e joalharias de Londres. Em França, também judeu e português eram equivalentes. No decorrer do processo que se seguiu à Revolução de 1789, judeus portugueses de Bordéus e de Bayona reivindicaram direitos de voto distinguindo-se algumas famílias de ascendência transmontana: Azevedo, Silveira, Furtado, Nunes Tavares, Lopes e Fonseca. Em Abril de 1789 obtiveram direitos políticos, consagrados depois na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, em 2 de Setembro de 1791, sendo Abraão Furtado eleito para a Assembleia dos Notáveis. Esta conquista da igualdade de direitos assemelhando-os aos cidadãos franceses, teve consequências em Vila Nova de Foz Côa, na altura das invasões francesas, levando cristãos-velhos a atacarem os descendentes dos cristãos-novos, acusando-os de estarem feitos com os inimigos da Pátria, o que resultou no morticínio de mais de uma centena. Muitos tiveram de se refugiar em Torre de Moncorvo, sob protecção daquele que viria a ser o General Claudino. Por lá se fixaram.
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É principalmente fora de Portugal que encontramos os mais distintos descendentes de Cristãos-novos transmontanos, principalmente fugidos durante a União das Duas Coroas. Vejamos alguns:
Nos começos do século XVII, um comerciante nascido em Bragança, distinguiu-se na Corte de Madrid. Chamava-se António Lopes Cortiços. Estava casado com Dona Luísa de Almeida e enriquecera importando pedras preciosas do Oriente e do Brasil, assim como tecidos de linho da Flandres. Tornou-se fornecedor da Casa Real, pelo que fixou residência em Madrid, acompanhado da família, judaizando secretamente. A filha Luísa casou com um primo chamado Sebastião Ferro. O filho, Manuel, casou com uma irmã de Sebastião, também de nome Luísa.
Manuel tornou-se um dos maiores financeiros ao serviço de Filipe IV. Com apenas 26 anos já era arrendatário dos impostos sobre as lãs castelhanas. Enriqueceu tanto, que foi distinguido como cavaleiro da Ordem de Calatrava e Secretário da Contadoria Real, gerindo as finanças de Castela. Era protegido do Conde-Duque de Olivares, do qual diziam que tinha sangue judeu e protegia os conversos. Manuel Cortiços chamou, como colaborador, o irmão mais novo, Sebastião, que em 1630 tinha 22 anos. Entre 1630 e 1650, fez enormes empréstimos à Coroa Espanhola, endividada com as muitas guerras em que se envolveu. O prestígio dos Cortiços era tão grande, que em 1637, os próprios Soberanos foram acolhidos em sua casa, onde lhes ofereceu uma festa, que custou rios de dinheiro, em luxo, prendas, banquete e músicos.



Retrato de Filipe IV, pintado por Velásquez entre 1626-1628. Museu do Prado, Madrid - Espanha.



Durante a guerra da Catalunha os Cortiços emprestaram à Rainha, a título pessoal, oitocentos mil escudos (moeda de ouro), recusando receber jóias em penhor.
Manuel Cortiços morreu novo, 1649.Talvez o seu poder financeiro o tenha salvo da Inquisição, devido às ajudas à Coroa. A mesma sorte não tiveram os restantes membros da família. A revolução de 1640, seguida da Guerra da Restauração, a morte do Conde-Duque de Olivares, protector, abriu campo ao Tribunal do Santo Ofício e à crescente perseguição aos cristãos-novos portugueses, residentes em Espanha.
A viúva de Manuel Cortiços e a mãe, Dona Luísa de Almeida, residente na Corte, foram presas, em 1654. Dona Luísa foi transferida para Cuenca e encarcerada, apesar de idosa.
As razões da Inquisição basearam-se nas chorudas esmolas que Dona Luísa Ferro ordenara ao Mordomo para dar durante os 9 dias, que se seguiram ao óbito do marido, visando pessoas e instituições carenciadas, a fim de rezarem pela sua alma.
Os 9 dias foram a denúncia à Inquisição de que continuavam a judaizar. Então, segundo a Igreja Católica, deviam as esmolas ser dadas até à missa do 7º dia… Pelas listas elaboradas pelo Mordomo, verificaram que todos os beneficiados seguiam a Lei do Moisés, incluindo comunidades judaicas na Itália e na Terra Santa, em Hebron, Jerusalém e Safed.
Valeram à velha senhora e à nora as relações do filho Sebastião, para que passados 2 anos, em Abril de 1656, fossem libertadas, após abjurarem de levi.
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A fixação do primeiro núcleo de judaizantes portugueses na Inglaterra ocorreu pouco tempo depois do estabelecimento da Inquisição em Portugal. Eram comerciantes e saíram clandestinamente de barco, estabelecendo-se em Bristol e Londres. Não me foi possível ainda comprovar se teriam tido ligações a Trás-os-Montes e saído pela barra do Douro. Sabemos, sim, que um dos mais antigos mercadores se chamava António Noronha, conhecido por Loronha e pejorativamente por Ronha. Na casa de um Alves Lopes funcionava, clandestinamente, a sinagoga. Ao Domingo iam às igrejas protestantes, não se apresentando como judeus.
O embaixador de Espanha, em Londres, denunciou-os, sendo presos e perdendo os bens pelo que, na quase totalidade dos residentes, deixaram o país.
No tempo de Isabel I viviam em Londres 12 famílias de portugueses mercadores, dos quais os mais importantes eram Álvaro de Lima,Bernardo Luís Freire e a família Anes.
Interrogado sobre estas famílias, um espanhol, que residia em Londres, afirmou:
Pelo que sei e conheço e é público e notório em Londres, todos os portugueses são de raça judia e é notório que nas suas casas vivem e observam os ritos judaicos mas em público vão às igrejas protestantes e escutam sermões e comem pão e bebem vinho como os outros heréticos.
No tempo de Cromwel, aproveitando as tréguas entre a Holanda e a Inglaterra, uma delegação de mercadores ingleses visitou a Holanda. Os judeus de Amesterdão aproveitaram para discutir a possibilidade de regressarem à Inglaterra. O debate foi conduzido pelo Rabino Samuel Menasseh ben Israel, autor do célebre livro a Esperança de Israel, já então traduzido para inglês.



Menasseh ben Israel


Foi convidado a visitar a Inglaterra, para lá se deslocando em 1654, acompanhado por Manuel Martins Dormido, que tinha antepassados transmontanos, saídos para o Brasil, depois ocupado pelos Holandeses durante o domínio Filipino. Libertado por portugueses, depois de 1640. Manuel Martins acompanhou os holandeses na retirada mas perdeu todos os seus bens no Brasil.
Quando chegou à presença de Cromwel expôs a sua situação, pedindo-lhe para intervir a seu favor junto do Rei de Portugal.
Em 22 de Fevereiro de 1655, Cromwel escreveu ao Rei de Portugal pedindo para ajudar Manuel Martins a recuperar os bens.
Tempos depois daquela visita, Menasseh e Manuel Martins Dormido solicitaram para os Judeus portugueses se fixarem na Inglaterra. Os pedidos foram renovados e a resposta difícil, mas Cromwel foi-os protegendo.
Um filho de Manuel Dormido, chamada Salomão, foi um dos primeiros a obter autorização, confirmada mais tarde por Carlos II. Ali criou um forte centro comercial.
Distinguiu-se o médico Dr. Jacob de Castro Sarmento (1691-1762), contribuindo para a comercialização do quinino, antifebril usado nas colónias para tratar o paludismo.
Este médico tinha antepassados transmontanos, tal como os membros da firma Machado e Pereira, estabelecida em 1688.
Notável e digna de referência pelo sentido humanitário judaico da caridade, foi a criação de instituições de solidariedade social em Inglaterra, por judeus de origem portuguesa e espanhola, em 1663, especialmente para assistirem doentes. Também, nesse ano, foi criada uma escola. Entretanto, um grande legado deixado por um abastado comerciante, com origem transmontana, Diogo Rodrigues Marques, permitiu fundar em 1675 a Mehil-Sedaca, instituição destinada a dar o dote a jovens órfãs pobres. Creio que ainda persiste. Foram também criados hospitais.
Muitos nomes comuns em Trás-os-Montes e nas Beiras, persistem em famílias sefarditas britânicas, dos séculos XVII a XIX: Azevedo; Rodrigues; Costa; Maldonado; Sequeira; Neto; Henriques; Mendonça; Almeida. Ali vivem, actualmente, 20 mil sefarditas.
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Em 1940 residiam na Holanda 160 mil judeus, dos quais, 4 mil trezentos e três com origem portuguesa. Amesterdão era conhecida pelaJerusalém do Norte. Muitos tinham origens beirãs e transmontanas. Apesar dos esforços feitos para provar que estes judeus eram de raça ariana, como os alemães e, também, do empenhamento do Cônsul de Portugal em Roterdão, Dr. Artur Simões de lhes das em pernis d’imigration, para regressarem ao pais de origem, Portugal. A criminosa fúria nazi, dos 4303 só deixou escapar 200, que se refugiaram em casa de amigos neerlandeses. Conheci um que viveu escondido debaixo de um soalho durante quase 2 anos.
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Sobre os Cristão-Novos do Brasil muito se tem escrito e as listas da Inquisição referem, por vezes, as suas origens transmontanas. Não vamos deter-nos sobre este ponto, o que nos levaria tempo mas ficará para aprofundar numa publicação.
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A imigração para os Estados Unidos fez-se, inicialmente, a partir da Inglaterra, de Londres, e também dos Países Baixos.
Na América do norte aparecem nomes portugueses entre os judeus: Rodrigues da Costa; Touro; Gomes; Mendes; Seixas; Morais; Nunes de Carvalho; Cardozo; Moisés Lindo. Alguns foram personagens ilustres, atingindo altos postos no exército e na vida pública, como jornalistas, professores universitários, comerciantes e industriais.
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A longa Diáspora dos judeus portugueses, velha de mais de 500 anos, passou, de início, por Marrocos. A expulsão ou Gerush deu ali lugar a um novo grupo étnico, os megorashim (os expulsos), contrastando com os tochabin (os residentes).
Interessante é celebrar ainda hoje o purim de Alcácer Quibir, correspondente no seu calendário ao dia 4 de Agosto de 1578, em que foi morto D. Sebastião. Declamam poemas e é feita a leitura de uma memória registada numa megillah (rolo).
A derrota de D. Sebastião impediu a expansão da Inquisição no norte de África.
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Com mais tempo e sem martirizar os ouvintes, poderemos escrever sobre os que fugiram para a Itália e em algumas cidades tiveram bom acolhimento, antes de seguirem para a Turquia. Em Ferrara viveu Dona Beatriz Mendes, historicamente conhecida por Dona Gracia Nasi.
Altamente favorecido pelos dotes intelectuais e pela fortuna ali se distinguiu Duarte Pinel, com raízes transmontanas, cujo o nome mudaria para Abraham Usque. Manteve uma tipografia onde imprimiu a Consolação às Tribulações de Israel e também a primeira edição da Menina e Moça, de Bernardim Ribeiro.
Alguns judeus portugueses não tiveram tanta sorte. Em consequência do Concilio de Trento acabaram por ser presos e levados para Roma, onde sofreram morte pelo fogo, entre eles Gabriel Henriques, que mudara o nome para Joseph Abraham Saralvo. Encarou a condenação com tanta coragem, que foi considerado um santo mártir – Há-Kadosh.
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A partir de 1580, Portugal foi integrado nos domínios de Filipe II de Espanha o que aumentou o fluxo de homens de negócios portugueses para o México, onde os seus descendentes fundaram pequenas comunidades, que se tornaram prosperas.
O Prof. Leonardo Senkman, da Universidade Hebraica de Jerusalém, apresentou uma lista com o nome dessas povoações: cidade do México, Guadalajara, Puebla, Queratoro, Pachica, Oaxaca, Taxco, Zacateras e ainda outras. Comerciavam com Manilha e com as Filipinas.
A amplitude da rede do trato mercantil foi sempre uma característica judaica. Estes colonos casavam com famílias de cristão-velhos, muitas vezes, da nobreza, e enviavam os filhos para Universidades espanholas, o que não travou a fúria da Inquisição.
Em 1596, quarenta e seis judeus secretos portugueses foram presos, entre eles 2 de origem transmontana: Fernando Rodrigues Ferreira e Tomás da Fonseca.
Em 1649, houve um cortejo com 108 penitentes, dos quais, 13, foram queimados. Entre eles estavam Domingos Martes e Matias Pereira Lobo, com idênticas origens. A quase e totalidade destes mártires eram portugueses.
Por toda a América Latina há testemunhos de judeus secretos saídos de Portugal.
São evidentes na Martinica, no Chile, no Peru, no rio da Prata, no Surinam, no Brasil.
O fundador da Corporação dos bombeiros Voluntários do Panamá, chamava-se David de Castro e tinha raízes em Mirando do Douro.
El Salvador teve importantes políticos de origem judaico-portuguesa, descendentes da família Lindo, proveniente de Torre de Moncorvo. De 1841 a 1842, ali foi presidente da República o Dr. Juan Lindo, que se evidenciou como um notável impulsionador da Instrução Pública, criando uma ampla rede de escolas, reduzindo o elevadíssimo índice de analfabetismo daquele pequeno pais.
Entre 1847 e 1852, foi novamente Presidente da Republica, impondo-se como um dos mais queridos e apreciados. A família Lindo distribui-se por EL Salvador, Brasil e Panamá, evidenciando-se muitos dos seus membros, entre eles o banqueiro Joshua Lindo, ligado à construção do canal do Panamá.
Hoje, é praticamente impossível negar que nas famílias radicadas há gerações em Portugal, não haja mistura de sangue hebraico.
Já antes da fundação da Nacionalidade portuguesa havia judeus no território portucalense, descendentes das duzentas famílias deportadas para a Península pelo Romanos, dentre as mais prestigiadas de Israel. Mais de mil anos depôs em plena Idade Média, as sucessivas fugas de hebreus de Leão e Castela e, no Século XVI, a expulsão de milhares de Espanha para Portugal levaram na sequência da conversão forçada à mistura de cristãos-novos com cristãos-velhos.
No século XVII o anti-semita Manuel Faria e Sousa, com base no testemunho de um jesuíta, escrevia na sua História del Reyno de Portugalque 70% das famílias nobres se tinham misturado sem impedimento, afirmando: perigam na honra, bebem os erros no perigo e são perpétua mancha na nobreza.
No Século XVIII, fidalgos pretenderam fazer uma associação com base na pureza de sangue mas só duas famílias não tinham mistura. Até a própria Família Real dos Branganças era de origem judeia.
O povo foi mais lento nos cruzamentos mas processaram-se a partir do Marquês de Pombal, quando acabou com a distinção entre cristãos-velhos e cristão-novos. Aceleraram-se também com a extinção da Inquisição depois da Revolução de 1820 e mais tarde com a Revolução de 1910, separando a Igreja do Estado. Por todas estas razões, os judeus não podem em Portugal ser visto como um povo estranho, um povo à parte, mas como parentes próximos dos portugueses.
Certamente a xenofobia recusará esta realidade. Nos começos do século XX, Mário Saa, no seu livro a Invasão dos Judeus, apontou-os como gente à parte, influenciado pela onda de anti-semitismo dos finais do século XIX, princípios do XX. Mas isto não o impediu de exaltar o mérito dos judeus transmontanos, citando:

António Granjo natural de Garção, Bragança; Ínclito democrata; Chefe do Governo, na 1ª República, assassinado em 1921.
- José Henriques Tota – nascido em Bragança; fundador do Banco Totta.
- Trindade Coelho – oriundo de Mogadouro. Jurista e escritor. Autor da colectânea Os Meus Amores e do In Illo Tempore, de leitura agradável e bom humor, sobre a vida académica do seu tempo.

Senhoras e Senhores:

Foi um prazer e uma honra falar-vos desta gente, que na sua Diáspora levou tão longe o nome de Portugal e continua tão perto de nós, na mistura étnica, que nos acompanha e no profundo sentido humano que os princípios judaico-cristãos imprimiram e deram sentido à Civilização Ocidental em que nos integramos.



*Palestra na Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro de Lisboa, em 21.09.2007.




do Professor Adriano Vasco Rodrigues