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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Harmonias de Azul e Ocre




Palácio dos Condes de Santa Ana
  Lucena, Espanha




Até dia 20 de Março de 2015








Fonte: Red de Juderías de España





terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Rir é o melhor remédio









Receita do português





Coloque uma vasilha dentro de água.  A massa só alcançará o ponto exacto se os ingredientes forem misturados num recipiente mergulhado em água salgada. Senão, a receita já era.




Ingredientes:



. Homens pré-históricos do vale do Tejo e do Sado.
. Um punhado de povos indígenas, juntar Iberos, não esquecer de polvilhar com Celtas, principalmente lusitanos e se possível, da tribo liderado por Viriato.
. Romanos.
. Bárbaros: Alanos, Vândalos, Godos, Suevos e Visigodos 
 (estes últimos dissolvidos na civilização romana).

. Mouros: tribos islamizadas de Marrocos e da Mauritânia.
. Uma pitada de árabes.
. Judeus sefarditas, coloque um punhado entre um ingrediente e reserve a maior porção para o final da receita.
. Cristãos a gosto.



Eis um português





segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Pintores portugueses




José Cardoso



Arquitecto, artista plástico, fotógrafo, publicitário
 e designer. 






"Lisboa"





"Garanhão"





"Caretos"




quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Lisboa - Biblioteca Nacional








Esta exposição pretende destacar a relevância cultural e artística dos judeus portugueses no final da Idade Média, com particular relevo para o códice iluminado hebraico. 



Informações

Serviço de Relações Públicas
Tel. 21 798 21 68
Fax 21 798 21 38
rel_publicas@bnportugal.pt



Horário

2.ª - 6.ª 09h30 - 19h30 
sáb.  09h30 - 17h30


Campo Grande, 83
1749-081 Lisboa





Fonte: Biblioteca Nacional de Portugal









segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Sugestão - Antiga Judiaria e Museu Municipal de Almada




Rua e Travessa da Judiaria de Almada


















Núcleo Museológico Medieval - Moderno de 
Almada Velha


Fotografias de R@fael Baptista e de Manuela Videira

(Janeiro de 2015)






Silos medievais da época muçulmana, situados na
 antiga Judiaria de Almada













Neste local foram encontrados pelo menos 26 silos da época islâmica, bem como estruturas habitacionais quatrocentistas e uma enorme variedade de artefactos datados entre os séculos XII e XIX.



Estes silos foram numa primeira fase utilizados para a conservação de alimentos (cereais, carne e peixe seco ou salgados, frutos secos e até azeite), possuem diferentes formas e capacidades, que se crêem intimamente relacionadas com o que seria o seu conteúdo.







As estruturas habitacionais já surgem numa altura em que os silos se encontravam entulhados. A maioria destas encontra-se ao nível das fundações, ou pouco mais. Destas, destaca-se uma casa de habitação com varandim de madeira, do qual sobreviveram dois buracos estruturados e argamassados, destinados a suportar os barrotes de apoio.
Foi encontrado também, adossado à parede de uma das casas, um esgoto e uma caixa de recepção de águas.



Com o passar do tempo, houve a alteração do respectivo uso e função do Sítio.
Os silos deixaram de servir de armazém a um comerciante muçulmano para, com a reconquista cristã de finais do século XII, se transformarem em vazadouros de lixo. Sobre eles contruiram-se as habitações que, sem razão aparente, foram abandonadas no inicio do século XVI.
Com a mudança de proprietarios e divisão de terras, a área modificou-se, passando a ser um quintal, função que manteve até ao inicio das escavações arqueológicas.
























O período medieval/moderno surge representado por peças da vida diária (louças de cozinha e de mesa em cerâmica e faiança), mas também de vestígios de uma riqueza que contrasta com a ideia de periferia de Almada face a Lisboa.
Este luxo reflecte nos achados encontrados no local bem como na diversidade da proveniência: pedras preciosas, porcelanas chinesas, faianças espanholas, italianas e holandesas, vidro italiano, marfim africano e moedas de vários países europeus.
Tudo isto não será alheio à presença de uma burguesia rica e da nobreza, assim como da própria Casa Real, que se deslocava a Almada em tempos de peste ou simplesmente para usufruir dos seus terrenos, ricos em caça.


No Núcleo Museológico pode-se observar utensílios datados do século XIII, XIV e XV, em plena época em que a judiaria era habitada ainda por judeus. 










Encerrado aos Domingos, Segundas- feiras e Feriados
Rua Henriques Nogueira, 36 - Almada

nmedmoderno@cma.m-almada-pt 




A frase da semana








Ben-Gurion -  por William Weintraub - 1971.






O trabalho é um dever social, um dever humano nesta terra, uma manifestação da força criativa do homem, do seu poder de subjugar a natureza.



David Ben- Gurion








sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

שבת שלום







"As velas de Shabat", de Michoel Muchnik.



Via: fineartamerica.com




Lembrar Ilan Halimi






(11 de Outubro 1982 - 13 de Fevereiro 2006)


 Nove anos passaram desde que ocorreu o seu assassinato em França.




terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

A frase da semana







Camilo Castelo Branco
Desenho de Júlio Pomar.




"A perseguição e matança dos hebreus não permite que hesitemos nas fórmulas do carácter feroz de D. Manuel, que nem ao menos era fanático: sacrificava à sua luxúria por uma princesa de Castela as vidas dos hebreus, a melhor artéria da riqueza nacional: e, para contemporizar o erário com piedade, deixava matar sumariamente os judeus depois que ele os espoliava."



Camilo Castelo Branco

em "D. Luiz de Portugal, neto do Prior do Crato (quadro histórico)", Porto - 1883




sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Provérbio árabe







Não diga tudo o que sabes
Não faças tudo o que podes
Não acredite em tudo que ouves
Não gaste tudo o que tens

Porque:

Quem diz tudo o que sabe,
Quem faz tudo o que pode,
Quem acredita em tudo o que ouve,
Quem gasta tudo o que tem;

Muitas vezes diz o que não convém,
Faz o que não deve,
Julga o que não vê,
Gasta o que não pode.




quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Haviam roubado a um pai os seus quatro filhos...









A ambição política do rei português D. Manuel I em unificar sob o seu domínio toda a Península Ibérica, leva-o a casar com a filha mais velha dos reis católicos, D. Isabel.

Como seus pais, a princesa espanhola era uma fervorosa católica, impondo numa missiva ao rei D. Manuel a condição de: 


" Que não poria o pé em solo português, enquanto todo o país não estivesse limpo dos odiosos judeus".





D. Isabel de Aragão e Castela.




A bandeira nacional durante o reinado de D. Manuel I.



Casaram em finais de 1496 (Novembro) e logo em princípios de Dezembro, dá-se o decreto de expulsão dos judeus e mouros do reino de Portugal, tendo como data limite para a sua saída, os finais de Outubro de 1497,  isto no espaço de 10 meses, na condição de optarem pelo baptismo e conversão à fé cristã, ou na saída definitiva do país, caso não o fizessem, sujeitavam-se à  pena de morte e à confiscação dos bens.


Em Fevereiro de 1497, três meses após o decreto de expulsão, é colocado este problema e suas consequências no Conselho de Estado, realizado na cidade de Estremoz, onde surgiram várias opiniões sobre o tema.  







Estremoz.
Fotografia de Pedro Correia - www.portugal-book.com





É de salientar a tese defendida pelo bispo de Silves, D. Fernando Coutinho que afirmou o seguinte: 


"(...) todas as medidas de força e perseguição não conseguiram transformar um único judeu em verdadeiro cristão.
(...) todos os sábios e também o menos sábio do que todos, provamos por meio de diversas decisões judiciais e com provas de autoridade, que não se pode obrigar os judeus a aceitar uma religião que, como a cristã, requer e exige a liberdade e não a violência."



Kayserling, Meyer - "História dos Judeus em Portugal", 1867, tradução portuguesa e comentários de Anita Novinsky , 1961, pág.112.





Parece que em Portugal havia ainda quem conhecesse a verdadeira doutrina da Igreja, opondo-se ao odioso fanatismo que teimava em difundir-se na maioria dos sectores eclesiásticos. Contudo, tratava-se de uma voz sensata, mas que infelizmente se diluiu completamente no enorme barril da intolerância e do preconceito.


A expulsão de 1496/97, acarretou graves consequências económicas e sociais para Portugal, isso já todos sabemos pelos livros de história e pelos debates e documentários sobre a matéria, porém, é na leitura de algumas crónicas, que tomamos consciência da verdadeira tragédia pessoal ocorrida em tantas famílias. O abandono dos seus lares e bens, a coação por meio da violência, o desespero pelo futuro incerto e os dramáticos suicídios que por este país aconteceram.


Abril do ano de 1497, D. Manuel, que se encontrava na cidade de Évora, ordenou que no domingo de Páscoa, fossem retirados à força os filhos de judeus, rapazes e raparigas, menores de 14 anos e disseminados pelas vilas e cidades do reino, para serem educados na fé católica.







Iluminura da cidade de Évora atribuída a Duarte d'Armas.
 Foral manuelino de Évora, 1501,
 Arquivo Municipal de Évora.





Numa segunda fase, o decreto passou também a incluir jovens com 20 anos, ordenando o baptismo à força.
Muitos cristãos chegaram a esconder os jovens em suas casas. Alguns pais mataram seus filhos.




Na Guarda deu-se um hediondo crime, indicado por J. Mendes dos Remédios:


"Haviam roubado a um pai os seus quatro filhos, que foram entregues a um vizinho cristão para os guardar. O judeu conseguiu que ele lhe deixasse ir uma noite a casa e logo que os apanhou adormecidos, bem como a mãe, degolou-os a todos, suicidando-se em seguida."



Remédios, J. Mendes dos, "Os Judeus em Portugal" I Volume, op.cit., pág. 292
Transcreve a apologia em abono dos cristãos cognominados "de novos deste reyno de Portugal", dedicado à santidade de Urbano XVIII, Pontífice Supremo, idem, pág. 52.







Fonte

 “Gente de Nação Além e Aquém do Côa (Judeus Sefarditas)”, da autoria de Adriano Vasco Rodrigues e Maria da Assunção Carqueja