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quinta-feira, 7 de março de 2013

Figuras e factos



Sabattai Zevi ou Sabattai Tzvi, viveu no século XVII. Nasceu em 1626 na cidade de Esmirna (sudoeste da Turquia), e faleceu em Ulcinj (actual Montenegro), no ano de 1676.
Foi um jovem estudioso da cabala, tendo tido como primeiro mestre o rabino Isaac di Alba. Depois de frequentar durante seis anos as aulas do professor Isaac, Sabattai continua a sua aprendizagem, revelando já uma disposição para o misticismo, quiçá exagerado, pois com a idade de vinte anos terá manifestado indícios de psicose maníaco-depressiva, levando-o a períodos de depressão e isolamento, outras vezes, contrastando com momentos de euforia e iluminação, momentos esses, em que em público praticava aos olhos dos mais tradicionalistas, autênticas blasfémias, como invocar o nome de Hashem e comer carne não kosher, bem como querer abolir os dias festivos e defender a igualdade entre homens e mulheres.





Sabattai Zevi


Em 1650 Sabattai afirmou  que uma voz lhe terá revelado de que ele era o verdadeiro Messias de Israel, o ungido de que milhões de judeus e cripto-judeus há muito almejavam pela sua vinda.
Expulso da cidade de Esmirna por volta de 1651/54, este vagueou pela Grécia, Palestina e Egipto, conhecendo em 1665 o carismático e influente Nathan de Gaza, cabalista que o interrogou e que confirmou a veracidade de que Sabattai era o verdadeiro Messias.
Tudo isto vai criar uma dinâmica de apoio e de fervor à sua causa pela diáspora hebraica, varrendo regiões que vão desde a Inglaterra à Pérsia, da Polónia ao Yemen, de Portugal a Marrocos, pois o mundo judaico desejava ver Sabattai Zevi, o intitulado profeta da esperança, o Messias que restauraria o novo reino de Israel, o líder que acabaria com a amargura e a opressão nos países onde seus irmãos viviam desde há muito sujeitos a perseguições.
Seus seguidores afirmavam que ele fazia milagres e que soltava luz da cabeça quando discursava. Este visionário ou louco, tentou chegar a Constantinopla no ano de 1666, tendo sido capturado pelas autoridades otomanas.
Após a sua detenção converteu-se ao islão, possivelmente para escapar da execução quase certa.
Isso não impediu de Nathan de Gaza continuar a defendê-lo, argumentando que tudo aquilo não passava de uma provação de que o Messias estava sujeito.
O facto é que muitos dos seus seguidores judeus também eles se converteram ao islão, originando o aparecimento dos donme/traidores (muçulmanos por fora, judeus na sua vida privada).





Imagem com Sabattai Zevi, Nathan de Gaza e Jacob Frank



O movimento Sabattiano foi reavivado no século XVIII por Jacob Frank, contribuindo para que ainda hoje, especialmente na região da Ásia Menor, haja crentes de Sabattai que secretamente o seguem sob a capa de muçulmanos e cristãos.









Fotografias de Barry Kapandji, na presumivel casa já em  ruínas de Sabattai, segundo alguns dos seus seguidores, (Esmirna - Turquia).
Fotos integradas no artigo de Jay Michaelson, "A casa do Messias em ruínas", Blogue Safed- Tzfat




Fontes: quartzo-feldspato-mica.blogspot.pt/safed-tzfat.blogspot
www.jewishencyclopedia.com/ wikipedia