"O erro é o fundo em que se destaca uma virtude, e a virtude seria inapreciada se o erro não existisse".
Amadeo Souza Cardoso
Precursor da arte moderna, faleceu ainda muito novo, aos 31 anos de idade vítima de pneumonia.
Nascido em 1887 e falecido em 1918, as primeiras experiências de Souza-Cardozo deram-se no desenho, especialmente como caricaturista. Aos 19 anos, mudou-se para Paris, tomando contacto primeiro com o Impressionismo e depois com o Expressionismo e o Cubismo.
Depois de participar numa exposição nos Estados Unidos, em 1913, voltou a Portugal, onde teve a ousadia de realizar duas exposições, respectivamente no Porto e em Lisboa, causando escândalo entre os seus compatriotas: suas obras foram criticadas e ridicularizadas.
Com o término da Primeira Guerra Mundial, em 1918, surgiria a grande oportunidade de desenvolver e encontrar reconhecimento da sua obra, mas Souza-Cardoso não teve tempo para esperar. Morreu nesse mesmo ano e muito tempo se passou até que as opiniões fossem revistas e seu nome ocupasse o devido lugar na história da pintura portuguesa.
Em 1925, a França realizou uma retrospectiva do pintor, com 150 trabalhos, bem aceites pelo público e pela crítica. Dez anos depois, em Portugal, foi criado um prémio para distinguir pintores modernistas, que recebeu o nome de «Prémio Souza-Cardoso».
Em 1953, a Biblioteca-Museu de Amarante, sua cidade natal, deu a uma de suas salas o nome do pintor. Em 1958, a Casa de Portugal, em Paris, realizou uma exposição das suas obras.
Lentamente, à medida em que os preconceitos em relação ao modernismo foram sendo afastados, o nome de Souza-Cardoso ganhou a devida importância em Portugal.