Pela sua beleza e exotismo, a mulher sefardita foi durante o século XIX a musa inspiradora de diversos pintores, entre eles, o famoso Eugene Delacroix (1798 - 1863), um importante pintor francês do Romantismo.
Delacroix captou a vida quotidiana dos judeus sefarditas em Marrocos, onde a mulher foi tema em destaque na sua obra.
Jovem judia, provavelmente Precidia Ben Chimol, filha de Abraão Ben Chimol, o interprete no Consulado francês de Tânger, de Delacroix.
Judia de Marrocos.
Para além de Delacroix, apresento-lhes de seguida algumas pinturas de John Frederick Lewis (1804 – 1876), pintor inglês que se especializou em cenários orientais, e que em Gibraltar pintou o mesmo tema, fascinado quem sabe, por uma certa aura de mistério e de sedução procedente daquelas mulheres.
Lewis viveu em Espanha entre os anos de 1832 e 1834, e no Cairo, entre 1841 e 1850, onde fez inúmeros esboços que transformou em pinturas.
Mulheres judias de Gibraltar, de John Lewis.
Na posse dos britânicos desde 1704, reforçado com o Tratado de Ultrecht em 1713, o rochedo ainda actualmente vive sob bandeira britânica.
No tratado entre Inglaterra e Espanha, esta última cedeu ao Reino Unido, "(...) total propriedade da cidade e castelo de Gibraltar, junto com o porto, fortificações e fortes … para sempre, sem qualquer excepção ou impedimento."
Uma condição especial nesse tratado é que "nenhuma permissão deve ser dada sob qualquer pretexto, tanto a judeus quanto a mouros, para morarem ou terem residência na dita cidade de Gibraltar". Restrição que foi rapidamente ignorada, e por muitos anos tanto judeus quanto árabes moraram pacificamente em Gibraltar.
Fontes: gibraltar-intro.blogspot.pt
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