Shabat Shalom
É minha intenção primordial fazer deste blog um repositório das tradições, costumes, factos e curiosidades sobre os judeus sefarditas em Portugal, e consequentemente também da restante Península Ibérica. Honremos sem complexos ou temores de qualquer ordem o nosso passado, para assim melhor conhecermos o presente e o nosso futuro, como pessoas e como nação.
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
quinta-feira, 27 de novembro de 2014
Nella Maissa (1914 - 2014)
A pianista Nella Maissa, nascida em Turim de origem judia mas naturalizada portuguesa, morreu na madrugada de quarta-feira no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, vítima de problemas respiratórios.
A intérprete fizera 100 anos no passado dia 7 de Maio, e vivia no lar da Casa do Artista.
Nella Maissa nasceu em Itália mas viveu praticamente toda a sua vida no nosso país. Apaixonada pelo piano, deu o seu último recital aos 94 anos de idade, na Casa da Música.
Fontes: www.publico.pt e Antena 2
domingo, 23 de novembro de 2014
Lista (Parte I)
Lista de nomes dos réus acusados de judaizantes
da região da Guarda, que tiveram processo no Tribunal da Inquisição de Coimbra, (1567 - 1570)
Pátio da Inquisição - Coimbra, desenhos de Eduardo Salavisa
Fotografia do actual Pátio da Inquisição de: visitcentrodeportugal.com.pt
Este nome deve-se ao facto da existência de um conjunto de edifícios de valor histórico e arquitectónico, onde funcionou a partir de 1548, até à sua extinção, em 1821, o Tribunal do Santo Ofício.
Ano - 1567
Garcia Dias - viúva da Guarda.
Elvira Fernandes - da cidade da Guarda.
Filipa Rosa - filha de Vicente Fernandes.
Beatriz Fernandes - mulher de Diogo Fernandes, tintureiro.
Beatriz Rodrigues - mulher de Manuel Dias.
Branca Mozinha - mulher de Unham Rodrigues.
Leonor Gomes - mulher de Simão Fernandes.
Ano - 1568
Inês da Costa - mulher de Diogo Rodrigues, mercador.
Leonor de Andrade - mulher de Francisco.
Leonor Rodrigues.
Leonor Lopes.
Leonor Nunes - mulher de Simão Dias.
Ano - 1570
António Soares - cirurgião, natural de Valverde, Trás-os-Montes e morador na Guarda.
Fonte: "Gente da Nação além e aquém do Côa, pág. 94.
(Um agradecimento muito especial à
Paula Rodrigues, por ter facilitado esta consulta)
Concerto de música sefardita - Espanha
Dia 12 de Dezembro, pelas 20h00
(hora de Espanha)
Concerto de música sefardita, com a actuação de Ana Alcaide, com Rainer Seiferth e Bill Cooley
Via: Córdoba Sefarad
sexta-feira, 21 de novembro de 2014
Convite - Guarda
(Clicar na imagem)
"Judeus, Judiarias e Cristãos-novos na Beira Interior"
Dia 4 de Dezembro, pelas 18h30
Cidade da Guarda
Via: CIL
quinta-feira, 20 de novembro de 2014
Em memória...
Em memória das vítimas assassinadas no hediondo ataque à Sinagoga
"Kehilat Yaakov", em Har Nof - Jerusalém, durante o serviço de shacharit, (oração da manhã).
Foto retirada do Jornal Haaretz
Agência - AFP
terça-feira, 18 de novembro de 2014
segunda-feira, 17 de novembro de 2014
A tua imagem está gravada no meu coração...
A tua imagem está gravada no meu coração e é no meu coração que está também traçado o teu afastamento.
E mais do que ela me reanima, a tua imagem ausente aflige-me.
A tua separação confunde os meus projectos; o teu exílio impede e torna tortuosos os meus caminhos.
É por tua causa que a minha alma foi abatida e o meu orgulho foi humilhado.
A ponto que os sicômoros se levantam acima do meu cipreste e que o arbusto do hisope pareça mais alto que os meus cedros;
Que o morcego ultrapasse o meu abutre e que a mosca voe por cima das asas da minha águia; (…)
Judah Abravanel, conhecido como Leão Hebreu (1465-1535), médico, filósofo e poeta, judeu português nascido em Lisboa, filho de D. Isaac Abravanel.
(Breve passagem de um poema escrito em Itália, no ano de 1503, dedicado ao filho do autor, Isaac, de 12 anos, que ficou na cidade de Lisboa e que fora convertido à força ao catolicismo.
Primeiramente elaborado na língua hebraica, a tradução para o português é citada por Fiama Hasse Pais Brandão num artigo do Jornal de Letras, de 26 de Maio de 1981.)
Retirado do Blogue Rua da Judiaria
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
"O mundo Hassidico" por Isaac Besancon
Besacon nasceu em 1944 em Nice, ainda durante a sua juventude sentiu-se atraído pela arte.
Na sua adolescência, começou uma jornada mística em busca das suas raízes espirituais, que o levou vários anos a frequentar a yeshiva de Aix-les-Bains, onde descobriu o mundo hassídico, que de imediato o cativou.
Mais tarde, durante a sua permanência em Paris, ilustra e publica "O Livro de Ruth", abriu um estúdio e galeria para colocar em exposição as suas obras.
Casou-se em Nova York e voltou para França. Isaac Besancon dedicou sua vida à mensagem do rabino Nah'man que assumidamente garante ser a principal fonte de inspiração. Escreveu livros sobre a expressão do Hassidismo e multiplica conferências e sessões de ensino.
Iniciará uma jornada de 12 anos que ilustram a Hagadá, publicada em 1998 em Jerusalém.
Já em finais de 1995, Isaac e sua família imigram para Israel, decisão que teve um enorme impacto sobre a sua recente obra artística.
Vive em Telavive.
Fontes:shefagallery.iammendel.com
www.breslev.co.il/www.artmajeur.com
A frase da semana
“Quase todos os homens são capazes de suportar adversidades, mas se quiser por à prova o carácter de um homem, dê-lhe poder.”
Abraham Lincoln
terça-feira, 11 de novembro de 2014
Ordenações Afonsinas 1446 – 1454
Livro II, Título LXXI
Que os Arrabys das Comunas guardem em seus Julgados
os seus direitos, e costumes.
El-Rei Dom João meu avô de gloriosa memória em seu
tempo deu Cartas seladas do seu selo pendente aos Judeus destes Reinos, em que
mandou, que por quanto eles haviam, e tinham de antigamente jurisdição, e seus
direitos apartados, que pertence aos Julgados dos Arrabys, e bem assim a
jurisdição, e direitos que pertencem às Almotaçarias, e seus Arrabys desvairam
em muitas coisas dos nossos direitos, e usos; e porque sempre foi sua vontade,
e dos Reis, que antes dele foram, os ditos Judeus terem jurisdição entre si,
assim crime civil, e que em cada uma Comuna haja Arraby, e Almotacé, para que
sejam julgados segundo seus direitos, e usos em todos os feitos, casos, e
contendas, que entre si hajam, mandou e declarou em as ditas Cartas, que nenhum
Juiz, nem Almotacé Cristão não tomasse conhecimento em nenhum caso feito, que
seja entre Judeu, e Judeu, e os deixem desembargar aos ditos Arrabys, e
Almotacés, segundo seus usos, e direitos, assim como antigamente sempre entre
eles fora usado, e custumado.
Página 45 do Livro “Portugal Tolerante, Um milénio
de convivência no espaço português”, de José Eduardo Franco e de Paulo Mendes
Pinto
Sinais de Fogo
segunda-feira, 10 de novembro de 2014
Seminário
Judeus Brancos, Judeus Pretos em Moçambique: etnografia da comunidade Honem Dalim
Marina Pignatelli (CRIA-IUL, MobCiD-ISCSP/UL)
17 de Novembro, 18h00 - 20h00 | Auditório C103, Edifício 2 | ISCTE-IUL
Resumo
Ao lado da África do Sul, famosa sociedade dada a extremadas discriminações identitárias, Moçambique parece um paraíso de cosmopolitismo e interculturalidade. Ainda assim, de entre as diversas comunidades etno-linguísticas e religiosas que compõem o tecido social do país, e que aparentemente coexistem pacificamente, encontra-se uma muito reduzida e heterogénea comunidade judaica que o trabalho de campo antropológico revela ser pautada por fracturas identitárias severas. Tal diversidade coloca em risco a sua própria continuidade, não fosse algum grau de tolerância e abertura necessárias na aferição de quem é judeu ou não, em Maputo. A etnografia demonstra haver desentendimentos entre os vários critérios de categorização identitária, entre os quais a lei judaica, a religiosidade, a classe e a cor são tidos como importantes. As noções de hibridismo, hospitalidade, globalização imaginada, apatridade e alteridade são no presente estudo incontornáveis, de modo a compreender quem se afirma ou é percepcionado como judeu, concretamente neste contexto africano específico.
Nota biográfica
Marina Pignatelli é Doutorada em Ciências Sociais na especialidade de Antropologia Cultural e Mestre em Ciências Antropológicas, pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas – Universidade Técnica de Lisboa, tendo completado pós-graduações em Etnologia das Religiões (FCSH – Universidade Nova de Lisboa) e em Estudos Sefarditas (Faculdade de Letras de Lisboa) e cursos livres de especialização em Parapsicologia e Religião, Simbolismo, Judaísmo, Novas Religiões Contemporâneas, Peacekeeping e Resolução de Conflitos (UNITAR) e Gestão Civil de Crises (IDN). Tem-se dedicado ao estudo da Antropologia das Religiões, concretamente sobre a realidade judaica nacional desde 1991, em paralelo com a docência no ISCSP e, mais recentemente, desenvolvido investigação na área dos conflitos étnicos e religiosos, estando actualmente a desenvolver um programa de pós-doutoramento sobre os Judeus em Moçambique.
CENTRO EM REDE DE INVESTIGAÇÃO EM ANTROPOLOGIA (CRIA)
fcsh-unl . fct-uc . iscte-iul . uminho
Sede/Office:
Av. das Forças Armadas, Ed. ISCTE-IUL
1649-026 Lisboa | Portugal
T: (+351) 217 903 917
E: cria@cria.org.pt
W: http://cria.org.pt/site
(Enviado gentilmente por Margarida Castro)
domingo, 9 de novembro de 2014
9 de Novembro de 1938
Noite de Cristal, o início de uma época tenebrosa para a
história alemã.
"A catástrofe antes da catástrofe", como afirmou o historiador Dan Diner.
sábado, 8 de novembro de 2014
Sugestão
Museu da Água | A Água no Azulejo Português do Século XVIII
Museu da Água - Mãe d'Água das Amoreiras
Até dia 28 de Junho de 2015
Horário: Terça a Sábado, das 10h00 às 17h30
Praça das Amoreiras, nº 10, Lisboa.
quarta-feira, 5 de novembro de 2014
A frase da semana
"Os ensinamentos da Torá são comparados a uma chama de fogo. Ao fazer a ligação à Torá, somos aquecidos pelas suas lições de vida."
Isaac Abravanel
Rabino português nascido em Lisboa
(1437 - 1508)
terça-feira, 4 de novembro de 2014
Judeus entre Portugal e Marrocos
Judeus entre Portugal e Marrocos nos séculos XVI e XVII
Páginas de controvérsias e entendimentos
José Alberto Rodrigues da Silva Tavim
Instituto de Investigação Científica Tropical
Casa de judeus em Mogador (actual Essaouira), de Darondeau (1807 - 1841).
Mellah de Tetuão. Gérard Sylvain in «Sépharades et
Juifs d'ailleurs»,
Adam Biro, Paris, 2001
Bairro Judeu de Tetuão em 1950.
Mellah de Taza - norte de Marrocos.
Foto: www.postcardman.net
Os judeus estiveram presentes desde as primeiras conquistas portuguesas
em Marrocos, chegando a formar comunidades autorizadas e privilegiadas nas
cidades de Safim e de Azamor, até ao seu abandono em 1541.
Tiveram um papel fundamental, nomeadamente no plano económico, para a
sobrevivência das praças que Portugal deteve na costa de Marrocos, mas também
nas trocas comerciais e nas relações diplomáticas que se foram traçando entre
os dois lados do Estreito de Gibraltar.
A presença de judeus e conversos ibéricos em Marrocos, e de judeus
marroquinos na Península Ibérica – aqui, evidenciando livremente o seu
estatuto, ou apresentando também uma versão de convertidos ao Cristianismo –
permitiu igualmente uma sobrevivência multifacetada da identidade judaica. No
caso da Península, elucidando na medida do possível os conversos sobre factos e
práticas do Judaísmo, e montando redes de fuga o Norte de África. No caso de
Marrocos, continuando a esmerar-se numa cultura e num pensamento
sócio-religioso com raízes peninsulares, e cujos resultados darão forma, em
parte, às elaborações identitárias de comunidades judaicas exteriores tão
importantes, como a de Amesterdão.
E embora a presença concreta de Portugal em Marrocos tenha sido débil
a partir da data acima referida, séculos de convivência ali e, outrora, na
Península Ibérica, fizeram com que no século XIX, fossem os judeus marroquinos
entre os primeiros a regressar a este país, ocupando um "espaço"
sócio-cultural e económico quiçá similar, e dando de facto início á moderna
comunidade judaica portuguesa.
Via: www.instituto-camoes.pt
(Enviado por Margarida Castro)
domingo, 2 de novembro de 2014
Museu Nacional de Arqueologia
Museu instalando nos Jerónimos, ocupando a antiga
área dos dormitórios dos monges, o Museu Nacional de Arqueologia é actualmente
o repositório das aquisições promovidas pelo seu fundador, o Dr. Leite de
Vasconcelos, como também das campanhas de escavações arqueológicas realizadas pelos
sucessivos directores e colaboradores deste museu.
O espólio adquirido, veio dotar esta instituição de
uma importante reserva de artefactos e de documentação, o que faz do MNA a
principal casa da "Arqueologia Portuguesa".
Praça do Império - Belém, Lisboa.
Área dedicada aos vestígios resgatados ao mar
Época romana, medieval e até à primeira metade do século XX
(Costa portuguesa)
Outras exposições
Fotografias de
R@fael Baptista e M@nuela Videira