terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Castelo de São Jorge




Duas dezenas de peças islâmicas de Silves expostas no Castelo S. Jorge Espólio revela um período de grande florescimento cultural entre os séculos VIII e XI



O Castelo de São Jorge, em Lisboa, acolhe até 6 de Janeiro a exposição “Arquiteturas”. Nesta mostra, que pretende dar a conhecer testemunhos arquitetónicos muçulmanos no actual território português, incluem-se cerca de duas dezenas de peças e três maquetas provenientes de Silves e que foram disponibilizadas pelo Museu Municipal de Arqueologia.






A exposição surge no âmbito da entrega do Prémio Aga Khan de Arquitetura, sendo promovida pela Fundação Calouste Gulbenkian, o Aga Khan Trust for Culture e a Câmara Municipal de Lisboa e dá a conhecer o legado islâmico encontrado em Portugal que, apesar de pouco conhecido internacionalmente, tem, nas últimas décadas, revelado estruturas e espólios de períodos com grande florescimento cultural, entre os séculos VIII e XIII.


Nela se incluem vestígios como a pia de abluções de Cacela, uma placa ornamental da Quinta dos Passarinhos, em Chelas (Lisboa), e outras peças como uma placa apotropaica, um bocal de cisterna, um fragmento de gelosia, um conjunto de estuques pintados, três capitéis e um fragmento de arcaria, todas provenientes de Silves, a última cidade muçulmana do extremo do Garb Al-Andalus.


Fazem, também, parte desta exposição as maquetas dos principais monumentos islâmicos existentes em Portugal como o palácio islâmico da alcáçova, o Poço-Cisterna Almóada e o Castelo de Silves, a Mesquita de Mértola e o Ribāt da Arrifana, em Aljezur.


De referir que todos os vestígios identificados, e que estão em exposição, integram a rede de sítios e núcleos museológicos, encontrando-se entre os mais significativos o de Silves, que possui ruínas musealizadas na alcáçova e o Museu Municipal de Arqueologia (espaço que inclui não só espólios, mas um sector da muralha da antiga Medina e torre albarrã anexa, assim como o monumental poço-cisterna, atribuído aos finais do século XII ou aos inícios da centúria seguinte, hoje classificado como monumento nacional), assim como o do Castelo de São Jorge, em Lisboa, o de Mértola e o da Arrifana (Aljezur).


JA



Via: www.jornaldoalgarve.pt
22/10/2013