Segundo a tradição local, o negócio das pelicas em Argozelo tem raízes judaicas. Assim referem os relatos dos antigos peliqueiros e os vários documentos históricos escritos sobre as origens daquela terra.
Em Argozelo, é comum dizer-se que foram os judeus, “finos” para o negócio e com tradições de comerciantes, os grandes responsáveis por terem deixado a “semente” dos peliqueiros, isto porque naquela região a compra de peles (bovinas, ovinas e caprinas) está relacionada com Argozelo, daí, que os seus habitantes tenham sido apelidados de peliqueiros.
Mas, para além dos relatos populares, também o Abade de Baçal escreveu [no Tomo V da Enciclopédia “Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança”, dedicado à presença dos Judeus na região] que “esses emigrantes [Judeus que no século XV vieram para o Nordeste de Portugal] estabeleceram-se nas povoações de Vimioso, Argozelo, Carção, Azinhoso, Chacim, Lagoaça e Moncorvo”, acrescentando que “nos lugares de Argozelo e Carção exercem uns a indústria de surradores de peles”.
Fontes: www.jornalnordeste.com
books.google.pt
www.diariodetrasosmontes.com