A Câmara Municipal de Almeida vai recuperar ainda este ano, a Esnoga existente na Malhada Sorda. Já quanto à antiga judiaria em Vilar Formoso, apesar das adulterações no seu património, o município tem ideias para uma futura intervenção.
Professor Adriano Rodrigues.
Por ocasião do lançamento do mais recente livro do historiador Adriano Vasco Rodrigues, “Gente de Nação Além e Aquém do Côa (Judeus Sefarditas)”, editado pelo Município de Almeida e que retrata ao longo da história a presença dos judeus na região, o Presidente da Câmara Municipal de Almeida salientou que a obra é também uma desafio lançado aos autarcas, para a recuperação do património dos centros históricos e para a valorização das antigas judiarias existentes na região.
António Baptista Ribeira recordou que no concelho de Almeida, no que diz respeito a património judaico, existem dois casos que têm merecido uma atenção por parte da autarquia, a “Esnoga”, pequena sinagoga secreta, que terá existido na freguesia de Malhada Sorda e a antiga judiaria que existe na Rua da Moureirinha, no Povo de Vilar Formoso, muito próximo da antiga Escola Primária Albino Monteiro.
A recuperação da Esnoga na Malhada Sorda está para breve já quanto à antiga judiaria em Vilar Formoso, apesar das adulterações no património, a Câmara Municipal de Almeida está atenta e já tem ideias para uma futura intervenção.
Recorde-se que o livro do historiador Adriano Vasco Rodrigues, “Gente de Nação Além e Aquém do Côa (Judeus Sefarditas)” recentemente apresentado em Almeida, faz ampla referência à fronteira de Vilar Formoso, pela qual terão entrado, vindos de Ciudad Rodrigo, cerca de 35 mil judeus, em 1492, expulsos pelos Reis Católicos de Espanha. Muitos espalharam-se pelas aldeias raianas. Alguns fixaram-se em Vilar Formoso e criaram uma judiaria, de que se conserva ainda testemunho, na Rua da Moureirinha.
Via: Rádio Fronteira
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Fotografias retiradas da Rádio Fronteira.