Entrada na Sinagoga/Museu
A *Bimah entre as quatro colunas que representam simbolicamente as quatro matriarcas do povo judeu - Sara, Rebeca, Leah e Raquel
Templo edificado entre 1430 e 1460, é ainda hoje considerada como a sinagoga mais bem conservada construída durante a Idade Média no nosso país.
Rua Dr Joaquim Jacinto, antiga Rua da Judiaria
Rua e janela na Judiaria de Tomar
Numa recente visita à sinagoga/museu, deparei com uma degradação a nível de paredes que me surpreendeu pela negativa. É simplesmente impensável e caricato para o turista que visita um monumento que é propriedade do estado português há 73 anos, observar a quantidade de fragmentos de argamassa soltos das paredes devido à humidade existente no espaço, resultante de uma falta de conservação do edifício, que se confirma de forma ainda mais grave ao entrarmos no anexo ao lado onde se situa o micvé.
Micvé
Aqui, o tecto está a cair de podre, dando uma imagem de desmazelo a um local que merece todo o nosso respeito pela história e significado nele envolvido.
Todo este espaço que é a antiga sinagoga de Tomar, Monumento Nacional desde o ano de 1921, símbolo maior da importância e do prestígio dos judeus na sociedade nabantina nos séculos XIV e XV, possuidor de um acervo museológico já de razoável valor patrimonial, e no entanto, carenciado no que toca a medidas de intervenção e de conservação.
Urge modificar este panorama, em defesa da memória e da dignidade do próprio espaço.
Lápide Funerária de Beja, século XIV
Réplica da lápide funerária de Espiche, Algarve, século VI ou VII
Lápide da Grande Sinagoga de Lisboa, século XIV
Aproveito para agradecer ao professor Jaime Rodrigues, guia local do monumento, pela narrativa histórica apresentada e que nos deliciou a todos. Um grande obrigado !!!
*Bimah ou Tebah para os judeus sefarditas
Fotografias de Rafael Baptista e Carlos Baptista