"Ansiosa ou serena, é Vossa minh'alma,
Submissa e grata,
Vagueio por mares incertos cheio de alegria por Vós
E a Vós dou graças por onde quer que vá.
E quando as velas desta nau, como asas de falcão,
Submissa e grata,
Vagueio por mares incertos cheio de alegria por Vós
E a Vós dou graças por onde quer que vá.
E quando as velas desta nau, como asas de falcão,
...
Se abrirem e me levarem daqui,
quando das profundezas se ouvirem os gritos estridentes,
os lamentos e bramidos das tempestades
e as naus cristãs singrarem o mar de Berber
e os piratas se lançarem de emboscada,
quando os monstros do mar se jogarem contra a quilha
e os dragões esfaimados forem em busca da sua presa,
quando os gritos de pavor fossem como os da mulher parindo
seu primeiro filho, que lhe rasga a carne
e ela grita até não mais ter forças de gritar..."
quando das profundezas se ouvirem os gritos estridentes,
os lamentos e bramidos das tempestades
e as naus cristãs singrarem o mar de Berber
e os piratas se lançarem de emboscada,
quando os monstros do mar se jogarem contra a quilha
e os dragões esfaimados forem em busca da sua presa,
quando os gritos de pavor fossem como os da mulher parindo
seu primeiro filho, que lhe rasga a carne
e ela grita até não mais ter forças de gritar..."
(fragmento DE POEMAS DO MAR, DE JUDAH HALEVI, SÉCULO XII)