“Cantem Poetas o Poder Romano,
submetendo Nações ao jugo duro;
o Mantuano pinte o Rei Troiano,
descendo à confusão do Reino escuro;
que eu canto um Albuquerque soberano,
da Fé, da cara Pátria firme muro,
cujo valor e ser, que o Céu lhe inspira,
pode estancar a Lácia e Grega lira…”
submetendo Nações ao jugo duro;
o Mantuano pinte o Rei Troiano,
descendo à confusão do Reino escuro;
que eu canto um Albuquerque soberano,
da Fé, da cara Pátria firme muro,
cujo valor e ser, que o Céu lhe inspira,
pode estancar a Lácia e Grega lira…”
Prosopopéia de Bento Teixeira
Poeta português/brasileiro, nasceu na cidade do Porto entre os anos de 1550 e 1561.
Filho de cristãos-novos, seu pai chamava-se Manuel Álvares de Barros e sua mãe Leonor Rodrigues.
Toda a família partiu para o Brasil em 1567, e lá, o jovem Bento Teixeira chegou mesmo a frequentar um seminário católico no estado da Bahia.
Mais tarde, Teixeira cometeu o erro de revelar que era judeu e teve que fugir para o estado de Pernambuco, onde mesmo assim, não se livrou de novas acusações da prática de judaísmo.
É detido em 1595 e enviado para Portugal, sendo encarcerado no Palácio da Inquisição em Lisboa, (Palácio dos Estaus – actualmente o famoso Teatro D. Maria II) .
Foi levado a auto-de-fé em 31 de Janeiro de 1599, onde abjurou o judaísmo e adquiriu a sua liberdade condicional a 30 de Outubro desse mesmo ano. Já doente e cansado, acabará por morrer em Lisboa em 1600.
É considerado por muitos como o primeiro poeta brasileiro, e sua obra, um marco importante do barroco naquele país.
É considerado por muitos como o primeiro poeta brasileiro, e sua obra, um marco importante do barroco naquele país.