"Unha e Carne", cartoon de Henrique Monteiro
É minha intenção primordial fazer deste blog um repositório das tradições, costumes, factos e curiosidades sobre os judeus sefarditas em Portugal, e consequentemente também da restante Península Ibérica. Honremos sem complexos ou temores de qualquer ordem o nosso passado, para assim melhor conhecermos o presente e o nosso futuro, como pessoas e como nação.
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Seminário "Bezoar e Unicórnio: entre Mito e História, Arte e Ciência"
No Museu da Farmácia, dia 10 de Fevereiro, pelas 14h00.
Uma iniciativa organizada no âmbito do projecto de I&D «Dioscórides e o Humanismo Português: os Comentários de Amato Lusitano» do Centro de Línguas e Culturas da Universidade de Aveiro, em parceria com a Cátedra de Estudos Sefarditas “Alberto Benveniste” da Universidade de Lisboa e com o Museu da Farmácia.
Para mais informações clique aqui
(Enviado por Paula Rodrigues)
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
Sugestão
Se porventura se deslocarem ao posto de turismo de Mirandela, para recolha de informações acerca dos vestígios da presença judaica na cidade, serão possivelmente encaminhados para uma zona muito próxima da edilidade. A antiga judiaria estaria situada no que hoje são as ruas designadas de Toural e do Rosário, bem como abrangendo a íngreme Travessa do Quebra - Costas. Do seu passado judaico não ficou só a saborosa alheira, (património da cozinha portuguesa). Se relacionarmos com a toponímia, a designação Toural é nitidamente o resquício de uma memória ancestral, Toural da transformação de Torá, ou pior, num sentido pejorativo, relacionado com a crença medieval que todos os judeus eram possuidores de cornos. Em todo o caso, esta cidade merece uma visita, pois é uma cidade bem agradável e charmosa.
Câmara Municipal de Mirandela
A minha sugestão é conhecerem mais de perto a herança hebraica em terras como: Valpaços, Rebordelo, Lebução, Orjais, Chacim, Mogadouro, Vinhais, Vila Real, Vila Flor, Macedo de Cavaleiros, Bragança, Chaves, Vilarinho dos Galegos, Carção, entre tantas outras localidades transmontanas.
Toda esta enorme província de Portugal é profundamente rica em vestígios e tradições, mas o mais importante são as pessoas, porque muita da sua população é ainda descendente do povo de Israel.
Há ali ainda uma história viva e fascinante por descobrir.
domingo, 29 de janeiro de 2012
Assim disse ele...
“Cantem Poetas o Poder Romano,
submetendo Nações ao jugo duro;
o Mantuano pinte o Rei Troiano,
descendo à confusão do Reino escuro;
que eu canto um Albuquerque soberano,
da Fé, da cara Pátria firme muro,
cujo valor e ser, que o Céu lhe inspira,
pode estancar a Lácia e Grega lira…”
submetendo Nações ao jugo duro;
o Mantuano pinte o Rei Troiano,
descendo à confusão do Reino escuro;
que eu canto um Albuquerque soberano,
da Fé, da cara Pátria firme muro,
cujo valor e ser, que o Céu lhe inspira,
pode estancar a Lácia e Grega lira…”
Prosopopéia de Bento Teixeira
Poeta português/brasileiro, nasceu na cidade do Porto entre os anos de 1550 e 1561.
Filho de cristãos-novos, seu pai chamava-se Manuel Álvares de Barros e sua mãe Leonor Rodrigues.
Toda a família partiu para o Brasil em 1567, e lá, o jovem Bento Teixeira chegou mesmo a frequentar um seminário católico no estado da Bahia.
Mais tarde, Teixeira cometeu o erro de revelar que era judeu e teve que fugir para o estado de Pernambuco, onde mesmo assim, não se livrou de novas acusações da prática de judaísmo.
É detido em 1595 e enviado para Portugal, sendo encarcerado no Palácio da Inquisição em Lisboa, (Palácio dos Estaus – actualmente o famoso Teatro D. Maria II) .
Foi levado a auto-de-fé em 31 de Janeiro de 1599, onde abjurou o judaísmo e adquiriu a sua liberdade condicional a 30 de Outubro desse mesmo ano. Já doente e cansado, acabará por morrer em Lisboa em 1600.
É considerado por muitos como o primeiro poeta brasileiro, e sua obra, um marco importante do barroco naquele país.
É considerado por muitos como o primeiro poeta brasileiro, e sua obra, um marco importante do barroco naquele país.
sábado, 28 de janeiro de 2012
Festival Internacional - Porto
O MAB, I Festival Internacional de Multimédia, Artes e BD, irá decorrer no Porto nos dias 10/11 e 17/18 de Março.
O MAB, I Festival Internacional de Multimédia, Artes e BD, irá decorrer no Porto nos dias 10/11 e 17/18 de Março.
Exposições, Masterclasses, Workshops, Filmes, Conferências e uma Feira do Livro são algumas das vertentes deste festival, onde se cruzarão a banda desenhada, a ilustração, o cinema de animação e outras artes afins.
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
Rir é o melhor remédio
- E porque é que tens que ir?
- E porque é que não mandam outro?
- Vês tudo redondo! Estás louco ou és parvo?
- Não conheces nem a minha família e já vais descobrir o novo mundo!
- E vão viajar só homens? Achas que sou estúpida?
- Porque é que eu não posso ir, se tu és o chefe?
- Desgraçado.. já não sabes o que inventar para estar fora de casa !
- Se saíres por essa porta, vou-me embora para a casa da minha mãe!
- E quem é essa tal Maria..? Que Pinta..?! De que Santa estás a falar?! Que Nina...?
- Vai passear macacos !
- Tinhas tudo planeado, maldito! Vais encontrar-te com umas índias!
- Vais-me enganar?
- A Rainha Isabel vai vender as jóias dela para poderes viajar? Dás-me cá um gozo!...
- Achas-me parva ou quê?
- O que tens com essa velha? Andas com a velha?
- TU...? Não vais é a lugar nenhum !
- Não vai acontecer nada se o mundo continuar plano. O quê? Não te vistas...!!!
- Tu não vais!!!
Definitivamente...... ERA SOLTEIRO !!!
Historicamente está certo!
Cristóvão Colombo pôde descobrir a América, apenas porque ERA SOLTEIRO.
Se Cristóvão Colombo tivesse tido esposa, teria ouvido:
Cristóvão Colombo pôde descobrir a América, apenas porque ERA SOLTEIRO.
Se Cristóvão Colombo tivesse tido esposa, teria ouvido:
- E porque é que tens que ir?
- E porque é que não mandam outro?
- Vês tudo redondo! Estás louco ou és parvo?
- Não conheces nem a minha família e já vais descobrir o novo mundo!
- E vão viajar só homens? Achas que sou estúpida?
- Porque é que eu não posso ir, se tu és o chefe?
- Desgraçado.. já não sabes o que inventar para estar fora de casa !
- Se saíres por essa porta, vou-me embora para a casa da minha mãe!
- E quem é essa tal Maria..? Que Pinta..?! De que Santa estás a falar?! Que Nina...?
- Vai passear macacos !
- Tinhas tudo planeado, maldito! Vais encontrar-te com umas índias!
- Vais-me enganar?
- A Rainha Isabel vai vender as jóias dela para poderes viajar? Dás-me cá um gozo!...
- Achas-me parva ou quê?
- O que tens com essa velha? Andas com a velha?
- TU...? Não vais é a lugar nenhum !
- Não vai acontecer nada se o mundo continuar plano. O quê? Não te vistas...!!!
- Tu não vais!!!
Definitivamente...... ERA SOLTEIRO !!!
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Sugestões
Para quem é apaixonado pelo património histórico, e neste caso em particular, sobre a herança hebraica deixada no nosso país, aconselho vivamente a visitar a "Casa do Castelo".
Este edifício onde se presume que tenha sido a sinagoga da comunidade judaica do Sabugal, está situado em plena zona histórica, mais precisamente no largo de Stª Maria, lugar fronteiro ao Castelo Medieval, e após obras de recuperação, foi encontrado no seu interior um Aron Kodesh ou Hechal (designação sefardita).
Aqui, uma ressalva muito importante: para além da proprietária do imóvel ter preservado a traça original desta secular casa, soube manter e muito bem todo o conjunto feito em pedra granítica de que o Aron Kodesh é talhado, tudo isto às suas custas, sem qualquer apoio financeiro da autarquia que, moralmente teria o dever de defender um património que é da terra, mas também de todos nós portugueses.
A "Casa do Castelo" e toda a área circundante merece uma visita demorada, poderão ainda observar vestígios de marcas cruciformes em algumas casas situadas na antiga judiaria.
Proprietária - Natália Bispo
Localidade - Sabugal
Localidade - Sabugal
Aron Kodesh - Arca Sagrada אֲרוֹן קֹדשׁ - armário ou reentrância na parede da sinagoga, onde são guardados os Sifrei Torá - os Rolos da Torá.
A Arca está situada na parede oriental. Na Diáspora, o Aron Kodesh está posicionado na direcção de Israel, em Israel, virado para Jerusalém, e em Jerusalém em direcção ao Kotel Hamaravi, (Muro das Lamentações).
(Este é o Aron Kodesh encontrado na Casa do Castelo).
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Suposta carta de Abraham Lincoln ao professor do seu filho
Caro professor,
Ele terá de aprender que nem todos os homens são justos, nem todos são verdadeiros, mas por favor diga-lhe que para cada vilão há um herói, que para cada egoísta há também um líder dedicado; ensine-lhe por favor que para cada inimigo haverá também um amigo; ensine-lhe que mais vale uma moeda ganha que uma moeda encontrada; ensine-o a perder, mas também a saber gozar a vitória; afaste-o da inveja e dê-lhe a conhecer a alegria profunda do sorriso silencioso; faça-o maravilhar-se com os livros, mas deixe-o também perder-se com os pássaros no céu, as flores no campo, os montes e os vales.
Nas brincadeiras com os amigos, explique-lhe que a derrota honrosa vale mais que a vitória vergonhosa; ensine-o a acreditar em si, mesmo se sozinho contra todos.
Ensine-o a ser gentil com os gentis e duro com os duros, ensine-o a nunca entrar no comboio simplesmente porque os outros também entraram.
Ensine-o a ouvir todos, mas, na hora da verdade, a decidir sozinho; ensine-o a rir quando estiver triste e explique-lhe que por vezes os homens também choram.
Ensine-o a ignorar as multidões que reclamam sangue e a lutar só, contra todos, se ele achar que tem razão.
Trate-o bem, mas não o mime, pois só o teste do fogo faz o verdadeiro aço; deixe-o ter a coragem de ser impaciente e a paciência de ser corajoso.
Transmita-lhe uma fé sublime no Criador e fé também em si, pois só assim poderá ter fé nos homens.
Eu sei que estou pedindo muito, mas veja o que pode fazer, caro professor.
Via: "Ab Integro"
Museu Municipal de Tavira
PASSEIO COMENTADO
“DO MUSEU PARA O CONVENTO”
Data: 21 de Janeiro (Sábado) | Hora: 15h00
Local: Tavira
Ponto de encontro: Palácio da Galeria/Museu Municipal de Tavira
Duração: 1h30 (aproximadamente)
Público: geral
Orientação: Luís Azevedo Rodrigues (Paleontólogo) e Rita Manteigas (Historiadora de Arte).
Sabia que o Palácio da Galeria tem brechas apesar do edifício não estar danificado?
Que vários artistas tentaram imitar rochas pintando-as nas madeiras dos altares?
Que existem fósseis com mais de 100 milhões de anos no antigo Convento do Carmo?
Venha fazer uma visita ao Património Histórico de Tavira, (re)visto pelos olhos de uma historiadora de Arte e de um Paleontólogo.
Uma parceria entre o Museu Municipal de Tavira e o Centro de Ciência Viva de Tavira.
Notas
Participação gratuita
Inscrição obrigatória
N.º máximo de participantes: 30
A organização reserva-se o direito de anular a realização da actividade caso se verifiquem condições climatéricas adversas.
Informações / Inscrições: telf.: + 351 281 320 500 (ext. 327 e 324) | Informação geral/Museu Municipal de Tavira: Horário de Verão: 10h00 – 12h30 / 15h00 – 18h30 Encerra à Segunda-feira. Horário de Inverno: 10h00 – 12h30 / 14h00 – 17h30 De Terça a Sábado. Horário sujeito a alterações |
Um judeu chega à casa do rabino e, aflito, lhe diz:
- Rabino, minha mulher não me deixa viver! Ela me ofende, me maltrata, me humilha!
O rabino responde:
- Guetir (Divorcia-te).
E o judeu:
...- Rabino, como vou me divorciar se eu gosto tanto dela, sou maluco por ela ?
O rabino responde:
- Guetirnicht (Não te divorcies!).
Ao cabo de uma semana, volta o judeu:
- Rabino, já não posso mais viver com ela. Ela não quer que eu estude, me insulta, me faz passar vergonhas diante dos amigos!
O rabino responde:
- Guetir (Divorcia-te).
- Rabino, como vou me divorciar? E o que dirão meus pais, restante família, meus amigos e conhecidos?
O rabino responde:
- Guetirnicht" (Não te divorcies!).
Passadas algumas semanas, o homem volta ao Rabino:
- Rabino, ela não quer fazer peixe para o Shabat! Não quer fazer amor comigo! Como posso viver desta maneira?
O rabino já danado, disse então:
- Converta-se ao cristianismo.
- Rabino, como me dizes tal coisa se sou um judeu piedoso, cumpridor de todos os preceitos da Torá! Por que tenho de me converter ao cristianismo?
- Porque pelo menos assim, você vai chatear o padre, e não a mim.
- Rabino, minha mulher não me deixa viver! Ela me ofende, me maltrata, me humilha!
O rabino responde:
- Guetir (Divorcia-te).
E o judeu:
...- Rabino, como vou me divorciar se eu gosto tanto dela, sou maluco por ela ?
O rabino responde:
- Guetirnicht (Não te divorcies!).
Ao cabo de uma semana, volta o judeu:
- Rabino, já não posso mais viver com ela. Ela não quer que eu estude, me insulta, me faz passar vergonhas diante dos amigos!
O rabino responde:
- Guetir (Divorcia-te).
- Rabino, como vou me divorciar? E o que dirão meus pais, restante família, meus amigos e conhecidos?
O rabino responde:
- Guetirnicht" (Não te divorcies!).
Passadas algumas semanas, o homem volta ao Rabino:
- Rabino, ela não quer fazer peixe para o Shabat! Não quer fazer amor comigo! Como posso viver desta maneira?
O rabino já danado, disse então:
- Converta-se ao cristianismo.
- Rabino, como me dizes tal coisa se sou um judeu piedoso, cumpridor de todos os preceitos da Torá! Por que tenho de me converter ao cristianismo?
- Porque pelo menos assim, você vai chatear o padre, e não a mim.
de Solange Szwarcbarg
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
As gravuras de Picart
Bernard Picart (1673 - 1733), foi um famoso e notável gravador de origem francesa, que soube como ninguém retratar os judeus portugueses na Holanda do século XVIII.
Na sua obra "Cerimónias e Costumes Religiosos de Todos os Povos do Mundo", Picart, que já vivia em Amesterdão desde 1711, movido pela curiosidade ou por boas relações de amizade, captou com rigor e autenticidade a vida diária da comunidade hebraica portuguesa, desde a ida à sinagoga, casamentos, a circuncisão, festas religiosas e demais tradições judaicas.
Note-se que esta comunidade era composta maioritariamente por gente ligada à actividade mercantil, ao observar-mos com atenção as gravuras, podemos constatar que os portugueses eram pessoas abastadas, retratados sempre com magníficas roupas.
Na sua obra "Cerimónias e Costumes Religiosos de Todos os Povos do Mundo", Picart, que já vivia em Amesterdão desde 1711, movido pela curiosidade ou por boas relações de amizade, captou com rigor e autenticidade a vida diária da comunidade hebraica portuguesa, desde a ida à sinagoga, casamentos, a circuncisão, festas religiosas e demais tradições judaicas.
Note-se que esta comunidade era composta maioritariamente por gente ligada à actividade mercantil, ao observar-mos com atenção as gravuras, podemos constatar que os portugueses eram pessoas abastadas, retratados sempre com magníficas roupas.
Gravura de Picart sobre um casamento de judeus portugueses na Holanda.
Toque de Shofar em Rosh Hashaná, na sinagoga portuguesa de Amesterdão.
Hacafot - Ritual associado a Simchat Torá, para designar as sete voltas com os rolos da Torá na sinagoga.
Simchat Torá significa "Regozijo da Torá".
Nesta gravura pode-se observar a representação do Talit e dos Tefilin.
Fontes: "Images of Prayer, Politics and Everyday Life".
"Sanctuary and Synagogue".
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Humor
Contam as Sagradas Escrituras que o Senhor ordenou a Abraão para matar seu filho Isaac e, no momento em que o obediente Abraão estava com a faca levantada, prestes a matar o próprio filho, chamou-o dizendo-lhe: "Pára, Abraão, já provaste que me és leal, não sacrifiques o teu filho".
Abraão deixou a faca de lado e, aliviado, olhou para o filho que se levantou do chão e saiu correndo. Abraão chamou-o:
- Volta, meu filho, o Senhor não quer que eu te sacrifique! Ele ama-te!
- Ama uma ova! - responde Isaac - Ainda bem que eu sou ventríloquo!
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Concerto
Dia 26 de Janeiro no Teatro Municipal de São Luiz
NOITE DA MEMÓRIA
DIA INTERNACIONAL EM MEMÓRIA DAS VÍTIMAS DO HOLOCAUSTO
QUINTA ÀS 21H00
Interrogando obras (des)conhecidas do passado, com o objectivo de compreender o presente, voltamos a assinalar o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. Korngold (compositor austríaco naturalizado norte-americano, discípulo de Zemlinsky, elogiado por Mahler, autor de muita música para filmes de Hollywood dos anos trinta e quarenta), o próprio Mahler e também Mendelssohn, em obras conhecidas que se quer revisitar, e, finalmente, um conjunto de obras inéditas de cariz popular tratadas por Fernando Lopes Graça, constroem o repertório deste recital, particularmente comunicativo.
Ana Maria Pinto soprano Nuno Vieira de Almeida piano
Introdução Manuela Franco
Fonte: "Teatro São Luiz"
Rua António Maria Cardoso, 38
1200-027 Lisboa
t. 21 325 76 40
geral@teatrosaoluiz.pt
www.teatrosaoluiz.pt
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Cultura
Peça de teatro "Os Maias", de Eça de Queirós
Pela ETER - Produção Cultural
Dias 3 e 4 de Fevereiro no Auditório Acácio Barreiros
Centro Cultural Olga Cadaval - Sintra
Jeu de Paume - Place de la Concorde, Paris
Mais de duzentas fotos oferecem um encontro com Diane Arbus, fotógrafa que reinventou a foto documentário. Com uma predilecção por personagens marginais, travestis, doentes, artistas de circo ou da feira, sobre os quais Diane focou a sua objectiva, demonstrando uma qualidade técnica que, teve como resultado imagens bastante desconcertantes sobre a diversidade de Nova Iorque nos anos 50 e 60.
Até ao dia 5 de Fevereiro de 2012.
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Nem as romarias escapam...
Região de Tondela
"...Quanto a festas e romarias, as principais são: St ª Eufémia (16 de Setembro), Festa da Mata (segunda quinzena de Agosto), Festa do Bodo ou Sr. ª dos Verdes (Barreiro de Besteiros), em Julho, castiços rituais juntam ricos e pobres num banquete ao ar livre (ágape, reminiscência do banquete festivo dos cristãos) de origem nitidamente judaica, rito da partilha usado disfarçadamente pelos cristãos-novos para fugir à perseguição religiosa..."
de Pedro Gouveia
Via: pedroberta.br.tripod.com
Figuras e factos
Gaspar Castanho de Sousa nasceu em Portugal por volta de 1550. Sua família tinha origens em cripto-judeus - cristãos ostensivos por fora, mas que continuavam com as práticas do judaísmo dentro do seu lar.
Castanho aparece na história do norte do México ao serviço da coroa espanhola no ano de 1579, quando este e outro português já aqui referenciado anteriormente (Luís de Carvalhal), se tornaram os primeiros lideres dos colonos do que viria a ser o estado de Nova León. Carvalhal como governador da província e Gaspar Castanho como vice-governador.
Estes dois portugueses acompanhados por mais de sessenta soldados, na sua maioria criminosos e assassinos, tinham como missão a captura e venda de índios como escravos, o que os levou a ganhar fama e grandes quantias de dinheiro. Foi sem dúvida devido às circunstâncias das funções, que ambos exploraram grandes territórios ao longo do Rio Grande.
Com a detenção do governador Luis de Carvalhal em 1590, acusado de práticas judaizantes e temendo também de ser preso, Castanho, agora conhecido por Gaspar Castaño de Sosa, aventura-se no sonho de criar uma nova colónia no Novo México e assim, fugir às garras dos inquisidores, por outro lado, acalentava a esperança de continuar na actividade que até aí lhe deu muito e bom lucro, o tráfico de índios.
Sem permissão desta vez por parte das autoridades para nova expedição, o português partiu à revelia desde Almaden (Monclova - Coahuila) a 27 de Julho de 1590, acompanhado por mercenários bem como de muitos colonos e animais de carga, e ao contrário das expedições anteriores, nenhum padre os acompanhou daquela vez.
Castanho partiu para norte, cruza o Rio Grande e atinge o Rio Pecos, aliás, esta foi a primeira expedição espanhola conhecida a encontrar o caminho para Pecos, através desta rota.
Passados bastantes quilómetros, deu-se início a uma série de acontecimentos que determinaram o insucesso desta aventura liderada por Gaspar Castanho, tais como: escaramuças e emboscadas levadas a efeito pelos nativos, insubordinação de alguns dos seus homens e um inverno rigoroso. Em Janeiro de 1591, a busca por escravos e prata tinha chegado ao fim, já no seu encalço havia uma coluna comandada pelo capitão Juan Morlette para prender Castanho, por ordem do vice-rei do México. Morlette conseguiu deter-lo em finais de Março de 1591, escoltando-o de regresso. A 5 de Março de 1593, Castanho de Sousa é condenado por invasão de terras habitadas por índios pacíficos e por desrespeito às autoridades, sendo condenado a seis anos de exílio nas Filipinas.
O português foi morto nas Ilhas Molucas, quando escravos chineses no navio se amotinaram.
Castanho aparece na história do norte do México ao serviço da coroa espanhola no ano de 1579, quando este e outro português já aqui referenciado anteriormente (Luís de Carvalhal), se tornaram os primeiros lideres dos colonos do que viria a ser o estado de Nova León. Carvalhal como governador da província e Gaspar Castanho como vice-governador.
Estes dois portugueses acompanhados por mais de sessenta soldados, na sua maioria criminosos e assassinos, tinham como missão a captura e venda de índios como escravos, o que os levou a ganhar fama e grandes quantias de dinheiro. Foi sem dúvida devido às circunstâncias das funções, que ambos exploraram grandes territórios ao longo do Rio Grande.
Com a detenção do governador Luis de Carvalhal em 1590, acusado de práticas judaizantes e temendo também de ser preso, Castanho, agora conhecido por Gaspar Castaño de Sosa, aventura-se no sonho de criar uma nova colónia no Novo México e assim, fugir às garras dos inquisidores, por outro lado, acalentava a esperança de continuar na actividade que até aí lhe deu muito e bom lucro, o tráfico de índios.
Sem permissão desta vez por parte das autoridades para nova expedição, o português partiu à revelia desde Almaden (Monclova - Coahuila) a 27 de Julho de 1590, acompanhado por mercenários bem como de muitos colonos e animais de carga, e ao contrário das expedições anteriores, nenhum padre os acompanhou daquela vez.
Castanho partiu para norte, cruza o Rio Grande e atinge o Rio Pecos, aliás, esta foi a primeira expedição espanhola conhecida a encontrar o caminho para Pecos, através desta rota.
Passados bastantes quilómetros, deu-se início a uma série de acontecimentos que determinaram o insucesso desta aventura liderada por Gaspar Castanho, tais como: escaramuças e emboscadas levadas a efeito pelos nativos, insubordinação de alguns dos seus homens e um inverno rigoroso. Em Janeiro de 1591, a busca por escravos e prata tinha chegado ao fim, já no seu encalço havia uma coluna comandada pelo capitão Juan Morlette para prender Castanho, por ordem do vice-rei do México. Morlette conseguiu deter-lo em finais de Março de 1591, escoltando-o de regresso. A 5 de Março de 1593, Castanho de Sousa é condenado por invasão de terras habitadas por índios pacíficos e por desrespeito às autoridades, sendo condenado a seis anos de exílio nas Filipinas.
O português foi morto nas Ilhas Molucas, quando escravos chineses no navio se amotinaram.