terça-feira, 11 de outubro de 2011

Figuras e factos



Joshua Benoliel, considerado como o 

pai do fotojornalismo português






Benoliel no Rossio - Lisboa



Biografia de Benoliel





1873 – Joshua Benoliel nasce em Lisboa, é judeu e descendente de uma família hebraica que se instalou em Gibraltar.
1898 – Publica as primeiras fotografias, como amador, na revista Tiro Civil, ao mesmo tempo que participa em exposições de amadores fotográficos. Dessa  forma terá conhecido D. Carlos, provavelmente através do fotógrafo e importador de produtos fotográficos Júlio Worm, amigo de Benoliel e da família real.  
1900 – Nasce o seu filho, Judah Benoliel, que seguirá igualmente a carreira de  foto-repórter. 
1902 – Visita Gibraltar e Marrocos (país de origem dos seus pais). 
1903 – Inicia a sua actividade no jornal O Século, no suplemento "Illustração Portugueza", onde realizará centenas de reportagens sobre  os mais variados temas. Realiza as primeiras reportagens sobre a família real, nomeadamente, da visita do rei de Espanha Afonso XIII a Portugal. 
1904 – Publica a primeira reportagem no diário espanhol ABC, do qual se tornará  correspondente até 1932. Até esta data, acumula a profissão de despachante alfandegário com a de foto-repórter.
1905 – Realiza a reportagem sobre a visita do Presidente da República  Francesa, Emile Loubet, tendo sido agraciado com as Palmas da Academia Francesa. 
1906 – Viagem a Marrocos, para realizar a cobertura fotográfica da Conferência  de Algeciras, sobre o futuro político daquele país.  
1908 – Realiza a reportagem sobre o Regicídio. 
1909 – É agraciado pelo rei D. Manuel II com a Ordem de Santiago.  Acompanha D. Manuel II na sua viagem pela Europa. 
1910 – Realiza a reportagem sobre a implantação da República. 
1915 – Participa na “Exposição de Artes Gráficas de Leipzig”, onde obtém a Medalha de Ouro.
1916-1917 – Realiza diversas reportagens sobre os preparativos e a partida  das tropas portuguesas para a Primeira Guerra Mundial. Em Novembro, acompanha o Presidente da República, Bernardino Machado, na sua visita às tropas portuguesas na frente,  em  França. Em Dezembro, faz a cobertura do golpe revolucionário de Sidónio Pais, que levou ao exílio de Bernardino Machado, e instaurou um período de ditadura militar, até ao assassinato de Sidónio Pais em 1918  Visita neste ano Havre, Marselha e Barcelona.
1918 – Abandona de forma oficiosa e pública o jornal O Século, bem como a sua actividade de foto-repórter. Exercerá funções como relações públicas dos hotéis Alexandre de Almeida, muito embora tenha continuado a realizar reportagens, sobretudo como correspondente estrangeiro. 
1921 – Uma das reportagens que realiza, neste período, é a da Homenagem aos Soldados Desconhecidos, que decorreu em Lisboa e na Batalha. 
1924 - Regressa ao jornal O Século (a Illustração Portugueza havia terminado a sua publicação em Abril desse ano), aí se mantendo até 1932, como foto-repórter, redactor e correspondente. 
1926 - Continua o seu trabalho de correspondente do ABC de Madrid, sendo o redactor das notícias publicadas neste periódico, acerca do golpe militar de Gomes da Costa, que instaurou a ditadura militar. 
1929 - Recebe a Ordem Militar de S. Tiago da Espada por proposta do Presidente Carmona, e realiza a reportagem fotográfica da visita do Chefe de Estado a Espanha. 
1930 – Recebe a Ordem de Mérito Civil, concedida pelo rei de Espanha, Afonso XIII, a 11 de Março. 
1932  – Morre a 3 de Fevereiro em Lisboa.





  

Lisboa - Antiga Casa Havanesa - princípio do século XX

(Hotel Aliance e Casa Havanesa)
Fotografia, Joshua Benoliel - 1913