quinta-feira, 24 de março de 2011

A oração da "torcida de linho"







Em terras brigantinas, quando o calendário pascal se aproximava da festividade em questão, grupos de criptojudeus ainda nos anos cinquenta e sessenta do século XX se deslocavam até próximo do rio Sabor, para rezar clandestinamente ao Deus de Israel.
Também em suas casas, as mulheres (sempre elas), acendiam a candeia de sábado e diziam orações como esta:


"Louvado seja o Senhor, que me fez e me encomendou nas suas santas encomendanças. Deixou o Senhor dito que lavasse as minhas mãos com água esclarecida para fazer esta torcida de linho, de linhal (?), para queimar e arder com o sagrado azeite de oliva santa em candelete (?), pelo nome santo do Senhor. Ámen".






Deve-se ao grande investigador Amílcar Paulo, a recolha destas
 tradições que infelizmente já se perderam.