Foi a 11 de Fevereiro de 1482, que o rei Fernando de Aragão nomeou o frade dominicano Tomás de Torquemada, como inquisidor geral de Espanha.
Este nome é ainda hoje o símbolo do fanatismo religioso, e a imagem de uma inquisição sedenta de violência, responsável directa pela tortura e morte de muitos milhares de judeus, e de cristãos-novos espanhóis.
Em Espanha, a "limpeza de sangue" foi levada ao extremo, numa tentativa de estripar totalmente as heresias da época, ou seja, o judaísmo e o islão.
Em Portugal e Espanha
O Santo Ofício publicou uma série de normas onde ensinava os católicos a espiar os seus vizinhos, e a reconhecer sinais de cripto-judaísmo, fomentando a partir daí um defeito que perdura até hoje, refiro-me à delação, à bufice invejosa e mesquinha de quem é nada.
"Se observar que teus vizinhos estão vestindo roupas limpas e coloridas no sábado, eles são judeus.
Se eles limpam suas casas na sexta-feira e acendem velas bem mais cedo do que o normal naquela noite, eles são judeus.
Se eles comem pão ázimo e iniciam sua refeição com aipo e alface durante a Semana Santa, eles são judeus".