Seu nome completo era Abraham Ben Schmuel Zacuto, nascido na cidade
de Salamanca em 1452. Homem de muitos ofícios, foi astrólogo, astrónomo e médico judeu, autor do famoso Almanach Perpetuum Celestium Motuum, conjunto de tábuas solares que começou a coligir a partir de 1473, quando ainda vivia em Espanha. O Almanach foi sem dúvida um instrumento importante tanto para Cristóvão Colombo como para os navegadores Vasco da Gama e Pedro Álvares Cabral.
Zacuto foi um dos que se recusou a converter-se ao cristianismo em 1492, aquando da expulsão dos judeus da Espanha. Sem dificuldades conseguiu asilo em Portugal, onde a sua presença foi registrada a partir de 1493, ano em que foi convocado por D. João II para uma reunião em Torres Vedras, a fim de discutir as consequências das descobertas de Colombo e os projectos portugueses para neutralizar o avanço espanhol. Nesta reunião começaram a ser redigidas as propostas portuguesas para o Tratado de Tordesilhas, assinado no ano seguinte com os Reis Católicos.
Zacuto foi um dos que se recusou a converter-se ao cristianismo em 1492, aquando da expulsão dos judeus da Espanha. Sem dificuldades conseguiu asilo em Portugal, onde a sua presença foi registrada a partir de 1493, ano em que foi convocado por D. João II para uma reunião em Torres Vedras, a fim de discutir as consequências das descobertas de Colombo e os projectos portugueses para neutralizar o avanço espanhol. Nesta reunião começaram a ser redigidas as propostas portuguesas para o Tratado de Tordesilhas, assinado no ano seguinte com os Reis Católicos.
Faleceu provavelmente em 1515 em Jerusalém, embora certos estudiosos apontem a sua morte para a data de 1520, mas em Damasco.
(Ilustração representando Cristóvão Colombo a conversar com o mestre
Abraham Zacuto, Porto - 1946).
Abraham Zacuto, Porto - 1946).